O Dia

Defensores públicos contra Sergio Camargo

‘Nomeação dele para a Fundação Palmares não é carta branca’, afirma um deles

- > Brasília, Distrito Federal

Odefensor público federal Antônio Maia e Pádua afirmou ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’ que a prerrogati­va de livre nomeação para a presidênci­a da Fundação Cultural Palmares não é uma “carta branca” do Executivo, que não pode se “sobrepor à lei” ao indicar alguém em “posição de antagonism­o” aos interesses da instituiçã­o.

Pádua é um dos nove defensores que assinam recurso contra decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Octávio de Noronha, que deu sinal verde para a nomeação do jornalista Sérgio Camargo para a presidênci­a da Palmares.

A polêmica indicação é alvo de disputa judicial desde novembro do ano passado, quando a 18ª Vara Federal de Sobral, no Ceará, concedeu liminar suspendend­o a nomeação de Camargo para o cargo.

Segundo o defensor da União, a Fundação Palmares tem objetivos claros, “postos na lei”, e que entram em colisão com as opiniões proferidas por Camargo. “Embora o cargo seja de livre nomeação, e nisso não há dúvida, essa livre nomeação não é uma carta em branco do presidente da República. Ela precisa cumprir certos critérios”, explica.

Ainda para o defensor, “o problema está no Executivo, que também conhece essas posições, que são públicas, e a grande questão é que o Executivo não pode se sobrepor à lei”. “Ele (Bolsonaro) não poderia ter nomeado ninguém que estivesse em posição de antagonism­o com os objetivos previstos na lei”.

Ele (Sérgio Camargo) se colocou em uma posição em que não pode assumir essa função (de presidente da Palmares)”. ANTÔNIO MAIA E PÁDUA, defensor da União

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