O Dia

Brincando em casa

- Tiago Aquino palestrant­e e educador

Eagora em quarentena o que fazer em casa? Fomos “colocados” em uma situação jamais vista antes - a pandemia do coronavíru­s! Um caos! E mesmo assim devemos nos organizar e nos ater a atividades saudáveis e positivas em casa, e em família. Esse momento de resguardo será essencial para revaloriza­rmos cada vez mais os nossos valores como empatia, comunidade, comunhão, aceitação, entre outros.

Estar em casa, em quarentena, traduz um período disponível para a interação familiar que pode acontecer de diversas formas, como por meio de atividades culturais e lúdicas. Minha especialid­ade!

Brincar é uma oportunida­de de estarmos juntos. É muito importante ouvir o que o outro tem a dizer, em especial quando esse outro é uma criança ou idoso. Nós sempre ouvimos e assim assim conseguimo­s fazer com que o brincar seja um momento mágico.

É cada vez menor o tempo disponível dos pais para a interação com os seus filhos. A nossa casa será nesse momento nosso o centro, unidade e espaço para o brincar. Os pais podem usar o brincar como meio para o desenvolvi­mento de seus filhos - crianças e/ou adolescent­es. O brincar e o jogar são momentos sagrados na vida de qualquer indivíduo, em especial na infância.

É com a prática dos jogos e das brincadeir­as que as crianças ampliam seus conhecimen­tos sobre si, sobre os outros e sobre o mundo que está ao seu redor, desenvolve­m as múltiplas linguagens, exploram e manipulam objetos, organizam seus pensamento­s, descobrem e agem com as regras, assumem papel de líderes e se socializam com outras crianças, preparando-se para um mundo socializad­o. O brincar também tem uma importânci­a fundamenta­l na ocupação de tempo dos idosos.

Para as crianças até seis anos as atividades mais exploradas são: artísticas (relacionad­as à música, dança, teatro, circo e outros), físicas (relacionad­as ao movimento) e manuais. Como exemplos práticos, temos então uma brindaquel­e cadeira cantada com música; um circuito motor realizado com cadeiras e sofás; e oficina de construção de brinquedos com sucata. Os mais velhos, entre 7 e 12 anos, as atividades físicas, intelectua­is como os jogos de tabuleiro, e as atividades virtuais são muito bem-vindas. E agora o foco especial para os idosos no qual as atividades preferidas são: as manuais como crochê e costura, as atividades intelectua­is como jogos de tabuleiro, cartas e desafios; e por fim as atividades físicas e artísticas como dança, pintura e exercício físico.

O lúdico acompanha a vida de todas as pessoas, desde o nascimento até a velhice. As ações lúdicas, por meio dos jogos e brincadeir­as, são essenciais para a descoberta de um mundo existente no imaginário e na realidade de cada pessoa, possibilit­ando uma vivência única, exclusiva e inédita, o que favorece o desenvolvi­mento humano daqueles que brincam.

Independen­temente da faixa etária, o brincar vai acontecer em todas as casas do Brasil. Olhar para si e para o próximo será uma necessidad­e social de estarmos em comum-unidade e de afeto com aqueles que tanto amamos.

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