União libera a estados ajuda de R$ 88 bi
Socorro anunciado pelo governo federal envolve suspensão por seis meses do pagamento de dívidas. No Rio, recursos podem garantir salários do funcionalismo.
Após atritos e falta de diálogo, o presidente Jair Bolsonaro atendeu, ontem, à parte das reivindicações feitas por governadores e anunciou um pacote de auxílio financeiro aos estados e municípios no valor total de R$ 88,2 bilhões. O socorro envolve suspensão por seis meses do pagamento de dívidas pelos entes, transferências adicionais de recursos e novos empréstimos.
Para o Estado do Rio, essa ajuda poderá dar um ‘gás’, por exemplo, no pagamento de salários de servidores. Até porque, diante pandemia do coronavírus, o governador Wilson Witzel já admitiu que, a partir de junho, não há garantia de recursos financeiros suficientes para quitar folha salarial.
Bolsonaro fez o anúncio, primeiro, no Twitter, indicando a ajuda de R$ 85 bilhões, abaixo do valor que será liberado. Depois, fez uma coletiva, confirmando o socorro fiscal. Em suas palavras, “estamos enfrentando um inimigo invisível”.
Em seguida, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, corrigiu e explicou os números, reiterando que o montante será de R$ 88,2 bilhões: “Temos um total de R$ 8 bilhões de transferência do Fundo Nacional de Saúde aos fundos municipais e estaduais; R$ 12,6 bilhões de suspensão de dívidas por 6 meses e R$ 9,6 bilhões de renegociação de dívidas dos estados e municípios com bancos federais”.
“Temos mais R$ 16 bilhões de complementação dos fundos de participação dos estados e municípios; R$ 2 bilhões associados ao sistema de Assistência Social, e o conjunto de R$ 40 bilhões de operações de crédito, somando 88,2 bilhões”.