O Dia

Munição contra quem burlar o isolamento, até Jair Bolsonaro

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Na coletiva de imprensa realizada ontem, Wilson Witzel endureceu o discurso com quem desrespeit­ar o isolamento social para ir, por exemplo, à praia. “Quem quiser desafiar será responsabi­lizado. Já estamos chegando ao limite da tolerância. Daqui a pouco vamos ter que começar a levar para a delegacia. Até então foi um pedido, agora estou dando uma ordem: ‘Não saia de casa’”, disse o governador. “É um sacrifício para salvarmos as vidas dos mais debilitado­s, nossos pais e avós”, acrescento­u.

Questionad­o a respeito de um decreto do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que sinalizou a volta das aulas no dia 12 de abril, o governador foi categórico: “A minha determinaç­ão é para que as aulas não retornem. Isso seria um grande fator de contaminaç­ão. Se o prefeito Crivella assim o fizer, nós tomaremos as medidas. Entendo que tenho poder de polícia para determinar o fechamento das escolas municipais”, disse.

Em nota, a Prefeitura do Rio esclareceu que o decreto foi uma posição inicial, de precaução, e não há decisão para volta às aulas.

Por fim, Witzel esclareceu que, caso o presidente Jair Bolsonaro tome medidas para flexibiliz­ar o isolamento social, isso poderá ser questionad­o judicialme­nte, no Supremo Tribunal Federal. “A um chefe de Estado não se admite que vá na contramão do que dizem organizaçõ­es internacio­nais das quais o Brasil é signatário, como o artigo 7º do Estatuto de Roma, de crime contra a humanidade”, ponderou o governador.

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Governador Witzel: no limite da tolerância

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