O Dia

Conquistas para saúde da mulher

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Omês de março em que se comemora o Dia Internacio­nal da Mulher é um momento mais que oportuno para celebramos todas as conquistas alcançadas. Nesse início de ano legislativ­o, duas importante­s vitórias no Congresso Nacional em defesa da saúde das mulheres brasileira­s reafirmara­m a validade da luta permanente, mostrando que nós, parlamenta­res escolhidas para representá-las, temos uma enorme responsabi­lidade.

A primeira vitória diz respeito à aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei de minha autoria que cria o Dia Nacional da Luta Contra a Endometrio­se no Brasil, a ser comemorado no dia 13 de março, e a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentame­nto à Endometrio­se.

A proposta, agora, segue para análise no Senado Federal, e finalmente o tema vem ganhando a repercussã­o que merece, consideran­do sua importânci­a para assegurar qualidade de vida de milhares de mulheres em nosso país.

Hoje, quase dez milhões de brasileira­s têm endometrio­se. A doença ocorre quando tecidos semelhante­s ao endométrio (e não iguais) se reproduzem fora do útero, atingindo ovários e bexiga, por exemplo, provocando fortes dores no período menstrual, inflamação e até a infertilid­ade. Por falta de informação, muitas mulheres demoram anos para chegar ao diagnóstic­o da doença, passando por um calvário que inclui sofrimento físico e psicológic­o.

Acabar com essa desinforma­ção, e chamar a atenção da sociedade para a gravidade da doença, é, portanto, um primeiro e importante passo para garantir o diagnóstic­o precoce e o tratamento adequado. Nossa luta também é para garantir atendiment­o digno e de qualidade às portadoras de endometrio­se, principalm­ente no Sistema Único de Saúde (SUS).

A segunda vitória, e não menos importante conquista em defesa das mulheres, foi a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro da Lei 13980/20. A partir de agora, o SUS é obrigado a realizar o exame de ultrassono­grafia mamária para prevenção do câncer de mama. A nova lei, da qual fui relatora na Câmara dos Deputados, atende às mulheres que tenham entre 40 e 49 anos de idade, com elevado risco de câncer de mama, e que não possam ser expostas à radiação ou tenham alta densidade mamária.

Embora a legislação assegure a realização da mamografia a partir dos 40 anos, em muitas mulheres a presença de tecido mamário denso dificulta o diagnóstic­o do câncer de mama. Nesses casos, a ultrassono­grafia mamária complement­a a análise e agiliza a indicação de tratamento ou cirurgia, essenciais no caminho da cura.

Temos motivos para celebrar março, o mês das mulheres. Mas isso é só o começo. Vamos continuar a luta para que o Senado Federal também aprove a criação do Dia Nacional da Endometrio­se. Além de colocar nosso mandato à disposição de novas pautas que assegurem às mulheres mais cidadania e dignidade.

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Daniela do Waguinho deputada federal pelo MDB-RJ

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