Sambódromo já é casa provisória de moradores de rua
Primeira leva abrigou 60 homens. De acordo com o prefeito Marcelo Crivella, objetivo é acolher 400 pessoas, incluindo idosos, grávidas e crianças.
Chegaram, ontem, ao Sambódromo, as primeiras pessoas em situação de rua que ficarão em isolamento social. O prefeito do Rio, Marcello Crivella, visitou o local, mais cedo. Nessa primeira leva, a prefeitura acolheu 60 homens adultos. A expectativa é abrigar cerca de 400 pessoas nas instalações equipadas com beliches, roupas de cama e material de higiene.
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos transformou em dormitórios oito salas de aula das três escolas municipais que funcionam sob as arquibancadas. Somente o prefeito falou sobre a ação, já que a secretaria não autorizou entrevistas com os abrigados.
“Esse ponto no Sambódromo vai ser um local para abrigar o pessoal que vive nas ruas, com prioridade para os idosos, mulheres grávidas e com crianças. Aqui, eles vão encontrar alimentação, limpeza e abrigo”, disse o prefeito. Cada quarto tem sete camas, cômodas e dois ventiladores. Equipes de abordagem da secretaria estão fazendo contato com os moradores de rua da cidade.
HIGIENIZAÇÃO DO SAMBÓDROMO
Durante a semana passada, o Sambódromo recebeu a equipe da Comlurb, que finalizou o processo de higienização dos locais que servirão de acomodações. Equipes da Rioluz e da Rio-Águas também estiveram no local e realizaram as adaptações necessárias na parte hidráulica, com a instalação de chuveiros e pias.
A Secretaria de Infraestrutura, Habitação e Conservação vai adaptar, ainda, contêineres para que sirvam de banheiros para a higienização dos acolhidos.
Em parceria com a prefeitura, as Forças Armadas farão o trabalho de descontaminação dos abrigos. Desde a última sexta-feira, a prefeitura já acolheu cerca de 250 moradores em situação de rua em seus abrigos espalhados pela cidade.