Brasil pode ir à China para pegar equipamentos
Semanas antes do pico esperado do novo coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde está com estoque zero de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, para distribuir a profissionais de Saúde. A pasta aguarda a chegada de compras já fechadas e resultado de negociação com fornecedores do exterior. O governo federal aposta em plano de logística para, se for necessário, enviar aviões à China para buscar os insumos.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, procurou ontem justificar a dificuldade para adquirir equipamentos de proteção individual (EPIs) contra o novo coronavírus, sob a justificativa de que os Estados Unidos estariam enfrentando o mesmo problema. A afirmação foi uma maneira de minimizar as declarações dadas anteontem, quando Mandetta disse que os norte-americanos mandaram 23 aviões cargueiros para a China, para buscar o material que adquiriram, comprometendo todos os demais pedidos.
“Se tiver necessidade de irmos à China (buscar equipamentos)”, disse o ministro Luiz Henrique Mandetta.
Segundo ele, o governo brasileiro possui um “plano de logística” para, se necessário, enviar aviões à China para buscar equipamentos de saúde. As principais demandas do país são focadas em EPI, como luvas e máscaras, e respiradores. O desafio, no entanto, é garantir a entrega dos produtos diante da demanda mundial.