Mundo supera 5 milhões de casos
América Latina já tem maior incidência de novos registros da covid-19 do que Europa e Estados Unidos
Omundo superou ontem a marca de 5 milhões de casos da covid-19. Balanço divulgado pela universidade americana Johns Hopkins aponta que o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no planeta chegou a 5.075.181. O número de mortos pela doença é de 331.103.
Desde o dia 1º de abril, quando o mundo chegou a um milhão de casos, a velocidade de propagação da covid cresce de forma impressionante: mais um milhão de casos é registrado num período de cada duas semanas. Outro dado importante ocorrido ao longo dos últimos dias é que a América Latina ultrapassou os Estados Unidos e a Europa em novos casos confirmados, puxada sobretudo pelo avanço no Brasil.
De acordo com informação da agência Reuters, a região foi responsável por um terço dos casos notificados no início da semana, apesar de ter notórios problemas de subnotificação devido à pequena quantidade de testes disponível.
TRUMP DESCARTA NOVO ISOLAMENTO
Os Estados Unidos lideram o ranking de países com maior incidência: registra 1.573.742 casos, com 94.566 óbitos. O segundo lugar é da Rússia, com 317.554 diagnósticos positivos, mas com pequeno número de mortes em relação a outras nações: 3.099. O Brasil aparece na terceira posição, com 310.087 casos, e 20.047 óbitos.
Apesar dos trágicos números nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que não pretende voltar ao isolamento caso ocorra uma segunda onda da covid. Ele garantiu que vai conseguir aliviar os efeitos da pandemia: “Vamos apagar os incêndios. Não vamos fechar o país”. Em discurso numa fábrica na periferia de Detroit, em Michigan, Trump reforçou que as atividades precisam ser retomadas em todos os estados, em maior ou menor grau. “Nós podemos apagar o fogo. Seja uma brasa ou uma chama, nós vamos apagá-lo”, assegurou.
Na China, médicos detectaram que o coronavírus vem se manifestando de forma diferente entre pacientes de um novo foco na região nordeste do país — em comparação com o que ocorria em Wuhan, cidade onde a pandemia começou. Os dados sugerem uma mutação, já que os pacientes parecem portar o vírus por um período mais longo até que apresentam os sintomas da doença.