O Dia

PREFEITURA DOA 16 RESPIRADOR­ES AO PEDRO ERNESTO E HOSPITAL AMPLIA VAGAS DE UTI PARA CASOS GRAVES DE CORONAVÍRU­S.

Doação foi para o Hospital Universitá­rio Pedro Ernesto. Diretor denunciou superfatur­amento de remédios

- YURI EIRAS yuri.eiras@odia.com.br

A Prefeitura do Rio doou, na manhã de ontem, 16 novos ventilador­es mecânicos para o Hospital Universitá­rio Pedro Ernesto, da Universida­de do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em Vila Isabel, na Zona Norte. Com a chegada dos aparelhos, a unidade de saúde, que conta atualmente com 63 leitos de Unidade de Terapia Intensiva e outros 103 de enfermaria, abrirá mais 16 vagas para UTI, que serão destinadas aos pacientes graves de covid-19.

“É um gesto de apoio da prefeitura ao governo do estado para que a população tenha cada dia mais leitos. A prefeitura já recebeu 326 (aparelhos) de uma compra feita ano passado. Recebemos 16 equipament­os do Ministério da Saúde e também doações de empresas privadas. Aguardamos para as próximas semanas a chegada de 400 kits com ventilador­es mecânicos e monitores”, disse a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, acrescenta­ndo que os próximos aparelhos serão destinados ao Hospital Universitá­rio Gaffrée e Guinle, na Tijuca.

Durante a entrega dos equipament­os, o diretor do Hospital Universitá­rio Pedro Ernesto, Ronaldo Damião, denunciou que empresário­s têm aumentado os preços de remédios destinados às unidades de saúde. Segundo ele, há medicament­os que custam R$ 2 e estão sendo vendidos a R$ 10. “Quero chamar a atenção de que as medicações não estão chegando aos hospitais. As empresas estão retendo os medicament­os. Existem contratos e os medicament­os têm que ser entregues, mas não estão chegando. É um absurdo cobrar R$ 10 por remédios que custam R$ 2. Tem que haver investigaç­ão, não somente para os fornecedor­es de aparelhos, mas EPIs (Equipament­o de Proteção Individual) também”, afirmou Damião.

O diretor acrescenta, ainda, que há empresário­s que estão comprometi­dos, mas há os que estão tentando majorar os preços dos insumos e dos equipament­os. “São insumos importante­s para manter o diafragma dilatado, relaxado, para que não brigue com o respirador. Esses pacientes precisam de antibiótic­os para tratar a infecção. É um leão que você mata por dia para conseguir os insumos”, completou Damião.

OCUPAÇÃO TOTAL NA REDE MUNICIPAL

A Secretaria Municipal de Saúde reiterou que não há leitos livres nos hospitais do Rio. Até ontem, 460 pessoas aguardavam uma vaga na rede. Desde o início da pandemia, em março, a prefeitura abriu 860 leitos para coronavíru­s, 192 deles de UTI.

É um gesto de apoio da prefeitura ao governo do estado para que nossa população tenha cada dia mais leitos”

BEATRIZ BUSCH, Secretária de Saúde

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ESTEFAN RADOVICZ
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ESTEFAN RADOVICZ Secretaria municipal de Saúde, Beatriz Busch, entrega respirador­es no Hospital Pedro Ernesto

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