Bolsonaro ganha apoio de governadores para congelar salários de servidores.
PALOMASAVEDRA SERVIDOR,
Areunião que o presidente Jair Bolsonaro comandou ontem com governadores rendeu frutos. Além de uma trégua política (ainda que momentânea), o encontro virtual teve acordo: o apoio dos chefes dos governos estaduais ao veto de Bolsonaro a reajuste a algumas categorias (como saúde e segurança) dos municípios, estados e União. O congelamento salarial até o fim de 2021 foi a contrapartida à sanção ao socorro aos entes, com o desembolso de R$ 60 bilhões pelo governo federal (divididos em 4 parcelas). A previsão é que a primeira cota esteja disponível até o dia 31.
“Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos”, declarou o presidente. “O que se pede apoio aos senhores é a manutenção de um veto muito importante”, acrescentou.
Segundo Bolsonaro, impedir aumentos para os cerca de 11 milhões de servidores civis e militares do país - segundo dados do Ipea - é “o remédio menos amargo” para o funcionalismo, “mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros”.
MAIORIA APOIA
O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), declarou apoio da maioria ao veto. “A maioria dos governadores entende a importância de vetar esse artigo (sobre reajuste)”, disse.
O congelamento foi incluído no texto de ajuda aos estados e municípios, mas o Congresso blindou desse impedimento servidores da saúde, assistência social, segurança, limpeza urbana, de todos as esferas da Federação.
(Congelar salários até 31 de dezembro do ano que vem) É bom para o servidor, porque o remédio é o menos amargo”
JAIR BOLSONARO, presidente da República