O Dia

GOVERNADOR­ES BATEM O PÉ E NÃO ADEREM À CLOROQUINA.

Por não ter eficácia cientifica­mente comprovada, medicação não será utilizada de forma indiscrimi­nada em pacientes com o coronavíru­s

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Acloroquin­a não deve ser utilizada por todos os estados para combater o coronavíru­s, que no Brasil já contaminou 310.087 e matou 20.047 pessoas, e bateu mais um triste recorde. A medicação, que não tem eficácia científica comprovada, foi o motivo da saída de dois ministros da Saúde: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que eram contrários à utilização indiscrimi­nada do remédio por conta dos seus efeitos colaterais. Os dois ministros bateram de frente com o presidente Jair Bolsonaro e deixaram a pasta. Agora quem comanda o Ministério da Saúde é o general Eduardo Pazuello, que não é médico.

Governos estaduais já sinalizara­m que não vão aderir ao uso generaliza­do de cloroquina - entre eles, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Pernambuco, Paraíba e Pará. Nos demais, as administra­ções afirmam que a aplicação da substância ainda está sob estudo. Questionad­os, Prefeitura e governo do Estado do Rio de Janeiro não se pronunciar­am.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), se opôs à recomendaç­ão do Ministério da Saúde e criticou a politizaçã­o do remédio. “Não será adotado”, disse.”Na Bahia receita médica não é definida por ideologia ou pelos políticos.”

Por sua vez, o governo Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, disse que “não há certeza científica em nível internacio­nal ou nacional” sobre o assunto. “Nós não faremos distribuiç­ão nem aplicação generaliza­da da cloroquina, porque a ciência não recomenda”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “A ciência não orienta este procedimen­to e em São Paulo nós seguimos o que diz a ciência.”

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REPRODUçãO Ainda não há evidências científica­s que comprovem 100% a eficácia do uso da cloroquina no tratamento de coronavíru­s

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