Servidores querem impedir reabertura do INSS dia 13
Fenaps alerta para risco de contaminação com covid-19 e ameaça com greve
Funcionários, incluindo médicos peritos, criticam volta das atividades nos postos de atendimento, e ameaçam até fazer greve. Eles apontam risco de aglomeração e contágio, sobretudo para idosos e doentes.
Areabertura dos postos do INSS a partir do dia 13 - para atender agendamentos que ficaram represados por causa da pandemia de coronavírus - pode não ocorrer. E se o INSS insistir, servidores ameaçam com greve. Representantes dos trabalhadores enviaram ofício aos ministérios Público Federal e do Trabalho, e para o presidente da Câmara dos Deputados, alertando sobre os riscos do retorno ao trabalho em meio à pandemia.
O pedido ganhou reforço em ofício enviado pela Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) para o Ministério da Economia e para o INSS. A associação também é contra a reabertura dos postos diante do quadro crescente de contaminação e afirma que as perícias não serão retomadas.
Por conta da reabertura, que segundo a Federação Nacional dos Servidores da Previdência Social (Fenaps) é prematura, o clima ficou tenso ontem durante reunião da federação com o presidente do INSS, Leonardo Rolim. Viviane Peres, diretora da Fenaps, conta ao jornal O DIA, que a proposta de abertura para o público é dia 13, mas os servidores tem que estar nas agências no dia 6. “Hoje (ontem) é quinta-feira e o INSS quer que os servidores estejam nas agências na segunda mas não sabe quais serão os postos e nem fez levantamento de quantos estão em grupo de risco”. Viviane informou que sindicatos estaduais estão fazendo assembleias com indicativo de greve para o dia 6, caso o INSS não volte atrás. “Domingo teremos plenária”, diz.