Furna da Onça: Queiroz não nega vazamento
O Ministério Público Federal (MPF) ouviu, na tarde de ontem o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que deixou a boa vida na casa de Frederick Wassef em Atibaia e tira umas “férias” no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste.
Os procuradores buscam detalhes do suposto vazamento da Operação Furna da Onça para beneficiar Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, conforme denunciado pelo empresário Paulo Marinho, que apoiou Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018. Segundo o promotor Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal, que ouviu o ex-assessor, o depoimento de Queiroz não nega que houve vazamento na operação e que acompanharia os Bolsonaro à Brasília.
Nesse depoimento, que durou 2h30, Queiroz contou aos investigadores que pediu para ser exonerado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, contrariando a tese de que foi demitido por que o parlamentar soube da operação de forma antecipada. Fabrício Queiroz contou que seu desligamento do gabinete na Alerj aconteceu porque ele queria cuidar da saúde e estava cansado de atuar como assessor político.
Queiroz está preso desde o dia 18 de junho por suspeita de atrapalhar as investigações em outro caso, que apura o possível esquema de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. Foi durante a Furna da Onça que os investigadores chegaram ao nome de Queiroz.