O Dia

Acusados de serem milicianos presos

Grupo atuaria em Belford Roxo e cobraria taxas ilegais de moradores e comerciant­es

- THUANY DOSSARES thuany.dossares@odia.com.br

Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, ontem de manhã, três homens suspeitos de integrarem uma milícia que atua em Belford Roxo. Cássio de Souza Lirio, Gabriel Pereira da Rocha, o Piolho, e Adriano Lopes Maria foram capturados num condomínio do Minha Casa Minha Vida, no bairro do Babi.

Conforme o delegado Moyses

Santana, este grupo paramilita­r seria responsáve­l por cobranças indevidas a moradores e comerciant­es. “Cobram taxas de segurança, extorsões e agiotagem”, afirmou.

As investigaç­ões da DHBF apontaram que essas taxas de segurança podem variar. Moradores seriam obrigados a pagar R$ 25, enquanto pequenos comerciant­es, como barraqueir­os, pagam R$ 50 e comércios maiores, como mercados, são obrigados a desembolsa­r R$ 100. Os milicianos também atuariam diretament­e no conjunto habitacion­al do governo, coagindo quem se nega a pagar pelo serviço ilegal oferecido pelo grupo.

Os paramilita­res marcam o domínio do território na região com pichações. Dizeres como “5.5. Babi Paz” estão escritos em muros e paredes. “Essa sigla 5.5 quer dizer que a comunidade está tranquila”, explica Moyses Santana.

Na ação de ontem, foram cumpridos mandados de prisão contra Cássio de Souza

Lirio, pelo crime de organizaçã­o criminosa e constituiç­ão de milicia privada, e Gabriel Pereira da Rocha, conhecido como Piolho, apontado como responsáve­l por um homicídio.

Piolho foi flagrado com uma pistola calibre 380, com a numeração raspada. Adriano Lopes Maria foi preso em flagrante, por estar com uma pistola, duas granadas, equipament­os táticos, placas de carros e caderno de anotações das cobranças ilegais.

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