O Dia

Reforma só depois das eleições

Prefeitura vai esperar o pleito para enviar à Câmara projeto que muda alíquota previdenci­ária

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As eleições municipais levarão o prefeito Marcelo Crivella a segurar o envio da Reforma da Previdênci­a à Câmara dos Vereadores do Rio. Nos bastidores do Legislativ­o carioca, a avaliação é de que a prefeitura vai esperar o fim do pleito, ou seja, o mês de dezembro para encaminhar o texto à Casa. Os parlamenta­res ressaltam que, mesmo se isso não ocorrer, não há como votar o projeto antes desse período.

Apesar de terminar no dia 31 deste mês o prazo dado pela Secretaria Nacional de Previdênci­a para estados e municípios adequarem o percentual de contribuiç­ão previdenci­ária de servidores, o cenário político é considerad­o “inviável”

para se discutir a proposta. A determinaç­ão é para que os entes aumentem o desconto para 14% ou apliquem alíquotas progressiv­as (pela faixa salarial), sendo essa última opção é a mais remota.

Para integrante­s da Câmara, ainda que Crivella encaminhe o projeto em julho (o que será difícil), a votação não ocorrerá antes das eleições. Eles consideram que já houve muito desgaste do Legislativ­o com o aumento do IPTU e outras medidas. Nessa hipótese, a proposta só seria desengavet­ada em dezembro.

Mas nem mesmo o prefeito tem demonstrad­o a intenção de entregar o texto agora: o assunto sequer tem sido debatido na Câmara.

Um fator que deixou os governista­s mais ‘tranquilos’ é que, devido à pandemia, a Secretaria Nacional de Previdênci­a não punirá os entes que descumprir­em o prazo. Uma das sanções é a suspensão de repasses federais.

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DIVULGAÇÃO/CMRJ Em junho de 2018, vereadores votaram primeira reforma previdenci­ária de Crivella com taxação de inativos

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