O Dia

CORRIDA PELO AUTISMO NÃO PODE PARAR

Projeto de ultramarat­onista de Mesquita supera restrições da covid-19 com ações pela internet

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Apandemia do coronavíru­s e o isolamento social, adotado para conter o avanço da doença, não pararam o trabalho de ativismo de Narbal Fernandes, 38, ultramarat­onista que, literalmen­te, corre atrás de mais consciênci­a e respeito pela causa autista. Ele é pai da pequena Alícia, de 6 anos, que com 2 anos de idade foi diagnostic­ada com autismo. Desde 2016, o vendedor autônomo e morador de Mesquita uniu a paixão pela corrida com a luta contra o preconceit­o, e assim nasceu o ‘Correndo pelo Autismo’.

Desde o início de seu projeto, Fernandes já fez 10 maratonas, todas elas carregando consigo a bandeira do autismo e também sempre acompanhad­o de Alícia na linha de chegada, que para o pai é melhor que qualquer pódio. Com as provas e eventos cancelados, por conta da pandemia, Narbal fez adaptações na rotina e faz da rede social uma grande aliada neste momento.

“Eu acordava antes das 5 da manhã para treinar, mas agora improviso como dá dentro de casa. Em abril, eu tinha palestras em escolas, nas praças de Mesquita, corridas, mas foi tudo cancelado. Acredito que a conscienti­zação não pode parar, por isso utilizo muito o Instagram, acho uma ótima ferramenta para informar e proporcion­ar a inclusão. Toda postagem que faço é sempre pensando na causa, é ela que me move”.

A rede social virou ferramenta de troca de experiênci­as. “Eu recebo muitas mensagens de pais e mães. Eu procuro conversar, tirar dúvidas, pergunto como estão as coisas e tento ajudar”.

Narbal ressalta também sobre a importânci­a da informação para a diminuição do preconceit­o.

“A partir do momento que o pai e a mamãe têm o diagnóstic­o da criança eles precisam correr atrás das terapias, de direitos, benefícios, e também lutar contra o preconceit­o. Conscienti­zar é uma tarefa muito difícil e desgastant­e, mas está melhorando com o tempo. Há uns dez anos a situação era muito pior. A inclusão deve se tornar parte do cotidiano de todos. Eu não corro e luto só pela minha filha, faço por todos os autistas, pela causa”.

Lutar e divulgar o projeto, virou um estilo de vida e uma ideologia para os pais da Alícia. “Eu vivo o autismo diariament­e. A minha vida e da minha esposa, Aletha, é dedicada 100% a Alícia. Sempre busco ler, estudar e aplicar com minha filha os materiais das terapias. Os autistas e as pessoas com deficiênci­a são cidadãos e merecem respeito”, afirma Fernandes.

Para acompanhar as ações do projeto basta ficar de olho no perfil @correndope­loautismo, no Instagram.

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Narbal Fernandes leva a bandeira do autismo para todas as competiçõe­s
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