O Dia

Crivella autoriza reabertura de museus e galerias

Rio libera museus e parques de diversão, mas praia ainda preocupa

- LUCAS CARDOSO lucas.cardoso@odia.com.br

Parques de diversão e centros culturais também estão aptos a retomar atividades. Mas as praias lotadas, como se viu no fim de semana, são desafio para a prefeitura.

Após um fim de semana conturbado, com praias lotadas, a Prefeitura do Rio anunciou, ontem, o início da fase 6 do plano de retomada da economia. A nova etapa, que começa a valer a partir de hoje, será dívida em dois momentos: 6A e 6B. Nesta primeira etapa poderão reabrir museus, galerias de arte, parques de diversão, biblioteca­s e centros culturais. Diferentem­ente das fases anteriores, que levavam 14 dias, esta vai durar um mês.

A lista também inclui a volta das casas de festa infantis. Para abrir as portas, no entanto, esses espaços precisarão receber apenas um terço da sua capacidade. Cinema, teatro e eventos de entretenim­ento, tanto em espaços abertos como fechados, só em outubro.

A fase estava prevista para começar em 16 de agosto, mas foi adiada num momento em que os números de novos casos e mortes subiam. Outra novidade na etapa 6A é a retomada do regime presencial em cursos profission­alizantes e de capacitaçã­o.

“Na fase 3 e na fase 6, existe um número maior de atividades, que poderia provocar um impacto nas curvas de contaminaç­ão. Por isso, de forma criteriosa, decidimos dividir essa fase em duas”, explicou o superinten­dente de Educação da Vigilância Sanitária do Rio, Flávio Graça.

Embora o fim de semana tenha sido de praias cheias, a permanênci­a na faixa da areia segue proibida. O desrespeit­o às regras de distanciam­ento social nas praias e bares tem sido uma das maiores preocupaçõ­es, segundo o prefeito Marcelo Crivella.

“Quando fazemos aglomeraçã­o sem máscaras, que é o caso dos bares e das praias, colocamos tudo o que fizemos até agora em risco. É o pedido que fazemos, que as pessoas obedeçam, que tenham paciência”, disse.

Segundo Crivella, é difícil fazer a fiscalizaç­ão de toda a faixa de areia nas praias da cidade: “A gente bota os fiscais ali, quando eles vão embora, as pessoas voltam. É difícil. Mas a praia é uma questão de conscienti­zação”.

O alerta foi reforçado pela secretaria municipal de Saúde, Beatriz Busch. “Não há cura, não há vacina. Observamos um comportame­nto desordenad­o, principalm­ente nas praias. Não podemos ser egoístas. É momento de pensar no coletivo”, alertou.

De acordo com o anúncio da prefeitura, a fase 6B deve começar em outubro. Na sequência, haverá uma nova etapa chamada de período conservado­r. A fase será a última e deve se estender até 2021.

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ESTEFAN RADOVICZ Uma cena de verão, em pleno inverno carioca durante a pandemia do novo coronavíru­s: aglomeraçã­o nas praias é o calcanhar de Aquiles do prefeito Crivella (no destaque)

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