O Dia

Ajuda financeira só para empresas obedientes

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O comitê executivo na SMTR foi criado no dia 11 de agosto, com o prazo de 30 dias para apresentar um relatório com os resultados e propostas de intervençõ­es. A medida foi motivada por denúncias da população que apontam para o sumiço ou redução da frota de cerca de 150 linhas regulares. Segundo o secretário Paulo Jobim, quatro operações já foram realizadas nas garagens e nos pontos e 76 linhas teriam voltado a funcionar. Mas reportagem publicada pelo DIA após uma dessas ações mostrou que as linhas voltaram a sumir ou a circular com menos ônibus.

Programar nova licitação não está em estudo pela Secretaria de Transporte­s, mesmo após décadas de descaso do setor. Como estratégia para regulariza­r a oferta de ônibus, a prefeitura opta por punir com multas e estuda priorizar empresas que atendem às regras contratuai­s, em detrimento das desobedien­tes, caso seja aprovado um projeto de lei no Congresso que destina auxílio financeiro ao transporte público para compensar as perdas da pandemia. “Existe punição maior que essa? Eu acho que não”, opinou o secretário.

A três meses do fim do mandato do prefeito Marcelo Crivella, a degradação do transporte público também afeta o BRT. Conforme reportagem publicada em julho, 54 de 134 estações estavam com o serviço interrompi­do, o que representa 40% do total. Os motivos são diversos, segundo o consórcio: desde “otimização operaciona­l” a vandalismo. Nesse fim de semana, mais cinco estações foram alvos de vandalismo e furtos. O secretário comentou que 21 estações estão sendo recuperada­s, conforme já foi anunciado, e que conversa com a PM e a Guarda Municipal. O corredor Transbrasi­l, que tinha promessa de inauguraçã­o em 2016, continua em obras.

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