Quadro eleitoral do Rio ainda em fase de ajuste
Asemana será intensa na política carioca. O quadro eleitoral passa da fase das pré-candidaturas para outro estágio, sem dúvida, mais realista. O temor dos que acreditam na chamada terceira via é não conseguir viabilizar uma candidatura forte o suficiente para quebrar a polarização Marcelo Crivella (Republicanos), atual prefeito, e seu principal oponente, Eduardo Paes (DEM), o antecessor. Paes disse ao colunista: “Eu posso até não ganhar, mas o Crivella também não”. Eduardo não quer escancarar, mas o que ele pensa é que ele próprio é o único que pode derrotá-lo no próximo pleito. Já seus adversários rezam de joelhos para vir da Justiça um coelho que tire Paes da disputa: uma investigação matadora ou uma prova de algum ato gravíssimo que o ex-prefeito tenha sido responsável durante a sua gestão. A esquerda está com dificuldades em fechar com um só nome. Marcelo Freixo (Psol) tentou articular isso, mas fracassou. É pouco provável que a deputada Renata Souza (mesmo partido de Freixo), reúna os insatisfeitos com Bolsonaro em torno da sua candidatura. Rede, PSB e PDT fizeram das tripas coração para a convergência de apoio a um só nome, mas pergunte para Martha Rocha (PDT) e Eduardo Bandeira de Mello (Rede) se está sendo fácil decidir. Benedita da Silva (PT) tem votos para cargos legislativos, mas é incerto que seja a surpresa da disputa para o Executivo. Cyro Garcia (PSTU), Enfermeira Rejane (PCdoB), Clarissa Garotinho (Pros), Cristiane Brasil (PTB), Fred Luz (Novo), Glória Heloiza (PSC), Hugo Leal (PSD), Paulo Marinho (PSDB), Paulo Messina (MDB), Rodrigo Amorim (PSL) e Cabo Daciolo (PP) são nomes que sabem suas limitações.
Marcelo Crivella e Eduardo Paes tentam a polarização. Logo atrás um aguerrido segundo pelotão. Dará tempo?”