O Dia

Novo lote do ‘trezentão’ sai hoje. Veja quem pode receber

Muitos brasileiro­s não verão a cor do dinheiro, pois o auxílio emergencia­l acaba em 31 de dezembro. Tire suas dúvidas.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Ocalendári­o de créditos e saques da extensão do auxílio emergencia­l divulgado na segunda-feira à noite confirmou o que era esperado: 17,2 milhões de brasileiro­s que receberam os R$ 600 não terão acesso a todas as quatro parcelas do “trezentão”. Isso porque a medida provisória que instituiu o benefício limitou o prazo de depósito a 31 de dezembro, com pagamento até 27 de janeiro do ano que vem. E com isso, os trabalhado­res que tiveram o auxílio liberado em agosto (1,8 milhão de pessoas) não vão receber os R$300, que somente começam a ser pagos após o término do “seiscentão”.

Ou seja, só vão colocar a mão na grana de toda renda emergencia­l - cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$300, que totaliza, em média, R$4.200 - quem teve o primeiro depósito feito em abril. O total de beneficiad­os chega a 50 milhões. O dinheiro é destinado a trabalhado­res informais, inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), desemprega­dos, e mães chefes de família.

900 MIL COM UMA COTA

Já os 8,6 milhões de cadastrado­s em maio que receberam primeira cota de R$600 naquele mês vão receber apenas três parcelas de R$300. Os de junho (5,9 milhões) terão tempo somente para duas novas parcelas. Os registrado­s no mês de julho (900 mil) vão receber apenas uma cota de R$ 300, e os de agosto, nenhuma. Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 67,2 milhões receberam o auxílio.

E a rotina de filas continua desde a madrugada na Caixa

Econômica Federal. Ontem, Wanderley Américo Nazário e a esposa Valéria dos Santos Rodrigues foram os primeiros a chegar na agência de Ramos, Zona Norte do Rio. Para conseguir ser atendido logo, Nazário madrugou às 2h da manhã na porta do banco. A falta de cones na rua para evitar aproximaçã­o de veículos chama a atenção e provoca receio em quem tem que ficar horas e horas nas filas quilométri­cas: “Os carros passam muito próximos”, reclama.

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REGINALDO PIMENTA / AGENCIA O DIA Fila na Caixa Econômica, na Rua Euclides Faria, em Ramos: perigo para quem espera atendiment­o

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