O Dia

Segundo a concession­ária, dívida do município é de R$ 186 milhões. Só a Educação deve R$ 39 milhões

Prefeitura do Rio não paga, e Light corta luz de 22 escolas municipais

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ALight cortou o fornecimen­to de luz de 22 escolas da Prefeitura do Rio, ontem, por falta de pagamento. Segundo, a concession­ária, a dívida do município é de R$ 186 milhões. Desse total, R$ 39 milhões são da Secretaria Municipal de Educação, o segundo maior devedor entre os órgãos da administra­ção municipal.

Em função da pandemia, as escolas da rede municipal estão com as aulas suspensas. Dessa forma, o corte não afeta o calendário escolar.

Segundo a concession­ária, em março deste ano, a Light chegou a fechar uma negociação com a Secretaria de Educação, que se compromete­u a pagar em oito parcelas, mas nenhuma delas foi quitada.

A concession­ária afirma que cumpriu todos os procedimen­tos da legislação, antes de efetuar os cortes. As unidades municipais em débito foram informadas da possibilid­ade de suspensão do fornecimen­to, só efetuado após 15 dias do aviso, como estabelece­m as normas do setor.

Maior dívida da prefeitura com a Light é da Secretaria de Saúde: R$ 62 milhões ao todo

MAIOR DÍVIDA

Em nota, a Light informou que a maior dívida é da Secretaria Municipal de Saúde, de R$ 62 milhões. Mas por conta da pandemia e em respeito à população da cidade do Rio, a concession­ária não fará cortes no fornecimen­to para hospitais municipais.

Procurada por O DIA,a Secretaria Municipal de Educação não se manifestou até o fechamento desta edição. No início de setembro, a Light efetuou cortes por inadimplên­cia em 18 unidades municipais, a maioria delas equipament­os culturais. O fornecimen­to dessas unidades foi religado à medida em que seus débitos foram pagos.

Segundo a Light, de janeiro a agosto de 2020 a concession­ária realizou dez reuniões com representa­ntes da administra­ção municipal, em busca de uma solução para a regulariza­ção dos débitos. Em 23 de julho, em reunião com representa­ntes da Secretaria Municipal de Fazenda, ficou acertado que a Prefeitura apresentar­ia até 10 de agosto uma proposta de parcelamen­to da dívida, o que não ocorreu.

VOLTA ÀS AULAS

Ontem, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) autorizou as escolas particular­es do Rio a voltar às aulas presenciai­s a partir de hoje. Mas com professore­s em greve, o sindicato da categoria diz que não serão retomadas antes da próxima assembleia, marcada para este sábado.

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DIVULGAçãO Prefeitura decidiu ignorar acordos para pagamento de débitos antigos com a concession­ária de energia e acumula dívida desde 2018

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