O Dia

Vamos fazer um pacto pela vida

- Rodrigo Varejão

Por causa da falta de carros nas ruas durante a pandemia, o número de vítimas do trânsito reduziu drasticame­nte. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que a queda foi de 40% no número de vitimados, passando de 2.593 de janeiro a agosto do ano passado para 1.863 nos oito primeiros meses deste ano. Para nós, da Educação no Trânsito a leitura é: são 730 pessoas vivas e ilesas. Uma celebração.

Animado por esses resultados, como coordenado­r da Educação no Detran, venho propor um pacto: não deixar que o índice volte a subir. Não é difícil. São pequenos hábitos que, introduzid­os, podem salvar a vida, muitas vezes, de quem mais amamos, como feito na pandemia. O que fazer? Se fomos capazes de usar máscara e álcool em gel, conseguire­mos não falar ao celular enquanto dirigimos.

Também é possível desativar a notificaçã­o do celular para não desviar nossa atenção ao volante. Vamos conseguir não beber antes de dirigir ou deixar de dirigir se bebermos. E lembrar que lugar de capacete é na cabeça e não na garupa ou no antebraço. São essas atitudes muito pequenas que fazem a diferença, até mesmo na nossa própria vida.

No Rio de Janeiro, a população tem respondido positivame­nte às nossas campanhas. Desde a década de 2010, os índices mostram que estamos aos poucos mudando os hábitos. Mas, não dá para dizer que 232 vítimas por mês de janeiro a agosto, sofrendo as sequelas de acidentes ou atropelame­ntos, é um dado bom. Lutamos para que não tenhamos nenhuma vítima. No Brasil, 1/5 da população ainda digita ou fala no celular enquanto conduz o veículo. E um a cada dez motoristas bebe álcool antes de pegar o carro.

Mesmo no interior do Estado do Rio, os acidentes fatais ainda são um problema sério. Esses dados, compilados pelo ISP e pelo Detran, mostraVolt­ando ram que nessas cidades, em média, seis pessoas morreram e 75 ficaram lesionadas por dia.

Por todos estes fatores, a Coordenado­ria de Educação do Detran está se reinventan­do e utilizando a internet como aliada em tempos de pandemia para difundir a mensagem de cuidar da direção. Em época de entregas a mil, precisamos olhar a todos: motoristas, motociclis­tas, ciclistas e pedestres. Cartilhas sobre como conduzir e se cuidar na pandemia e no trânsito estão sendo distribuíd­as por meios digitais para a informação circular o máximo possível. Estamos voltando a fiscalizar e educar, principalm­ente os profission­ais da entrega.

O povo fluminense tem seus hábitos. Tem o hábito de vencer desafios, de superar barreiras, de se reinventar quando é preciso. Com a pandemia, mostramos essa incrível capacidade mais uma vez. Porque a gente sabe que mudar hábitos salva vidas. No trânsito também é assim. Vamos fazer cada um a sua parte e tornar o Estado do Rio o melhor lugar para circular.

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