O Dia

Flordelis no Conselho de Ética

Corregedor da Câmara apresentou parecer recomendan­do procedimen­to para a deputada; mesa diretora vai decidir

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O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou um parecer ontem recomendan­do que o caso de Flordelis (PSD-RJ) vá para o Conselho de Ética da Câmara.

O relatório foi entregue ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, e, agora, cabe à Mesa Diretora da Câmara decidir se o caso vai ou não para o Conselho de Ética.

Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no mês passado como mandante do assassinat­o do marido, o pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho do ano passado. Dois filhos dela - entre adotados e biológicos, são 55 - já estavam presos pelo crime.

“Os fatos descritos no Requerimen­to de Representa­ção e no Inquérito Policial que o instrui constituem indícios suficiente­s de irregulari­dades ou de infrações às normas de decoro e ética parlamenta­r”, aponta o relatório de Paulo Bengtson. No último dia 22, o corregedor ouviu a parlamenta­r durante cerca de duas horas. A conversa foi a respeito das acusações.

Flordelis foi obrigada pela

Justiça a usar tornozelei­ra eletrônica e a permanecer em recolhimen­to domiciliar das 23h às 6h. Sua defesa pediu para que o uso da tornozelei­ra por parte da deputada fosse suspenso, mas teve o pedido negado.

Segundo a decisão do desembarga­dor do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), tanto a tornozelei­ra quanto o recolhimen­to noturno serão mantidos até o julgamento em definitivo.

O processo que pode culminar com a perda do mandato de Flordelis teve início com uma representa­ção do deputado federal Leo Motta (PSL-MG) à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. A denúncia encaminhad­a pelo parlamenta­r foi de que a pastora teve “atos incompatív­eis com o decoro parlamenta­r”.

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