NÃO HÁ PERDA DE EFICÁCIA COM ANTECIPAÇÃO, DIZ CHIEPPE.
Secretário diz que uso do estoque da AstraZeneca evita a disseminação da variante
Aantecipação de 12 para oito semanas da segunda dose da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca pretende evitar a disseminação da variante Delta no estado do Rio. Em uma coletiva no Palácio Guanabara, o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, explicou que a medida quer garantir uma melhor imunidade da população contra a doença.
Segundo o secretário, a variante indiana tem provocado novas ondas de transmissão na Europa e, apesar de ser caracterizada por uma menor letalidade, ela provoca um número significativo de casos. Ele também ressalta que os imunizantes em estoque para a segunda dose não podem ser usados como primeira, por conta do risco de não haver vacina disponível para a D2.
“A última recomendação no Reino Unido foi de que somente com a D2 de AstraZeneca, a gente tem uma efetiva proteção contra a variante Delta e com isso a gente conseguiria bloquear. A possibilidade de usar essas vacinas que estão paradas em estoque e com isso garantir uma melhor imunidade da população é essencial nesse momento”.
Chieppe reforçou que a decisão foi tomada em conjunto com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde e é autorizativa, cabendo às pastas de cada cidade decidirem se adotam ou não a medida, avaliando a estrutura logística e o número de vacinas em estoque.
A antecipação da segunda dose da Pfizer ainda não entrou em discussão. O governador Cláudio Castro fez um apelo para que a população não escolha o fabricante da vacina na hora de se vacinar.
De acordo com o governador, são 982.609 casos confirmados e 56.848 óbitos. As taxas de ocupação de leitos de UTI e enfermeira estão em 57% e 33% respectivamente, e a fila de espera está zerada.