PSL à espera de Bolsonaro
Os integrantes do PSL do Rio de Janeiro vivem uma luta contra o relógio. A aflitiva espera é pela definição partidária do presidente Jair Bolsonaro e do seu grupo. Há um racha em andamento e isto exige uma ação imediata do novo cacique da legenda, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, que se filiou no último dia 6 ao Partido Social Liberal, e que dará as cartas na direção estadual. O desempenho do partido nas eleições municipais em 2020 foi muito ruim. Não foi suficiente o PSL se definir como de direita e simpatizante da cartilha bolsonarista. Chegou a hora da decisão. E hoje convivem dois grupos políticos sob o mesmo guarda-chuva.
ENTRINCHEIRADOS
Um bloco está incomodado com a instabilidade do presidente Bolsonaro, que aparentou querer “casar” com o Patriota, mas entrou água, conversa com o PTB, e também não está descartada a possibilidade de se filiar a outra agremiação. O problema é: quem precisa se candidatar vai para onde? E as nominatas? Quem precisa buscar financiamento de campanha bate na porta de quem? Os políticos do outro grupo já arrastam a asa e o corpo inteiro para o PRTB e PSC. Mas também podem ficar no PSL, depende. Neste grupo mais coeso, estão entrincheirados os deputados federais Felício Laterça, professor Josiel, Antonio Furtado, Luiz Lima e Lourival Gomes, da Região dos Lagos, que buscam definição. O deputado estadual Rodrigo Amorim demonstrou humor com a situação, mas também não está parado. “Mesmo entrincheirado, o meu coração está cada dia mais no PL. Fui secretário com o Nilton Caldeira, na Baixada, tenho boa relação com o Altineu. Sou aliado do Bacellar e gosto do governador Cláudio Castro, que é meu amigo e meu irmão. E olha que ainda levo de brinde o meu irmão de sangue, o vereador Rogério Amorim”, disse.
Mesmo entrincheirado, meu coração está cada dia mais no PL”
RODRIGO AMORIM, Deputado