Operação mira consturção de condomínio
Duas pessoas acabaram presas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em acusados no esquema
O Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), realizou uma operação contra integrantes de uma organização criminosa denunciada pela invasão e construção ilegal de um condomínio em área da Mata Atlântica, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Os dois alvos da ação foram presos. Além disso, três celulares, diversos documentos, anotação e uma máquina de cartões foram apreendidos. Ricardo Martins Celestino e Carlos Alexandre dos Santos, que é servidor da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, foram encaminhados para 32ªDP (Taquara) e 34ªDP (Bangu), respectivamente.
Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos seis acusados no esquema ilegal. De acordo com as investigações, além de Ricardo e Carlos Alexandre, Silvânia Alves da Silva, Amanda da Cunha Conceição
de Souza, Daniel Estulano Dias e Leonardo Barbosa Oliveira de Souza integram uma organização criminosa para a prática de crimes como loteamento clandestino do solo para fins urbanos, falsidade ideológica, destruição de vegetação da Mata Atlântica e furto qualificado, com a finalidade de obter vantagens econômicas com a venda de casas construídas ilegalmente na localidade do Mendanha, no condomínio conhecido como “Village do Mendanha”.
Segundo a denúncia, desde 2017 o grupo liderado por Ricardo dividiu uma área de Mata Atlântica localizada na Estrada do Mendanha, em lotes, que eram vendidos a terceiros por intermédio de instrumentos contratuais diversos, notadamente promessas particulares de compra e venda, sem registro prévio no Registro Geral de Imóveis. A investigação apurou que para a construção do condomínio, o grupo criminoso destruiu, sem qualquer tipo de licença, aproximadamente 25.000m² de vegetação secundária.