Quando tristeza e desânimo não passam, é um sinal de alerta
Setembro é dedicado à conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo - são mais de 800 mil pessoas ao ano. O ato de tirar a própria vida pode ser resultado de uma soma de situações difíceis vividas ao longo da vida e que levam a pessoa a um sofrimento emocional intenso e contínuo. Por isso, devemos ficar atentos e saber diferenciar tristeza e depressão, que muitas vezes leva ao desespero.
Quem se mata não quer deixar de viver, quer deixar de sentir dor!
“As pessoas que estiverem passando por situações difíceis podem pedir auxílio para entes próximos ou ajuda profissional. Muitos fatores podem agravar o risco de suicídio, como bullying, traumas emocionais, depressão, doenças crônicas, uso de drogas ou álcool, crises existenciais, sentimentos de desamparo e desesperança. Se você observar alguém em dificuldades, aproxime-se e ofereça ajuda”, explica a professora de psicologia e voluntária do Centro de Valorização da Vida, Sandra Arca.
Em muitos casos, a ajuda que deveria partir de uma pessoa próxima, não acontece. O familiar não enxerga que a terapia é para tratar um problema que não escolhe classe social.
“É fundamental e necessário falar sobre suicídio. É importante quebrar esse paradigma e normalizar o cuidado com a saúde mental que é o guia do corpo, das relações amorosas, da vida profissional”, explica a neuropsicóloga Aline Gomes.
A neuropsicóloga destaca quatro sinais que são alertas para esses casos:
- Automutilação;
- Falta de planos para o futuro;
- Discurso sem esperança, desmotivado e apático perante a vida;
- Sentimento de incapacidade de mudar e melhorar o que está vivendo.