Padrasto agressor continua preso
Juiz negou ilegalidade da prisão e autoriza entrada de remédios para Victor Possobom
Foi realizada na tarde de ontem a audiência de custódia de Victor Arthur Possobom, 32 anos, acusado pelos crimes de agressão e tortura contra o enteado de 4 anos. O juiz Antônio Luiz da Fonsêca Lucchese negou qualquer ilegalidade na decisão e manteve a prisão preventiva do homem. O magistrado encaminhou Victor para atendimento médico, uma vez que a defesa alegou que ele fazia tratamento psicológico, e autorizou a entrada de medicamentos na cadeia.
Na sessão, realizada na Central de Custódia da Cadeia Pública de Benfica, que contou com a participação de um membro do Ministério Público e da defesa do acusado, não foi permitida a retirada das algemas de Victor. Segundo o juiz, a manutenção
do artefato serviria “para preservação de todos os presentes, inclusive do próprio custodiado, de seu defensor e dos demais atuantes na audiência”.
O juiz alegou ainda que “o mandado prisão preventiva está dentro do prazo legal” e
não há notícias de qualquer alteração na decisão por meio de recurso. Com isso, Victor deverá permanecer na unidade em que já está preso.
A advogado de Victor, Daniel Aguiar, reafirmou que o acusado faz tratamento psiquiátrico e, inclusive, “levou os receituários médicos para comprovar a necessidade de atendimento médico do seu cliente”. Ainda de acordo com ele, nesta semana a defesa vai entrar com novo recurso pedindo a transferência do homem para uma unidade hospitalar.
No sábado, a mãe do menino, Jéssica Brandão, 30 anos, se disse aliviada com a prisão preventiva do ex-companheiro. Em conversa com a reportagem, uma amiga de Jéssica disse que aquela foi a primeira noite em que a mãe da criança conseguiu dormir após ver o vídeo onde o filho é agredido pelo ex-companheiro. A agressão foi em fevereiro, mas só foi descoberta esta semana graças a gravações de câmeras de segurança.