O Dia

PINGO NO I

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■ Nada de perrengue-chique, é direito de consumidor­a. Eu trabalho, organizo para ver meus pais que moram a mais de mil quilômetro­s de distância, pago caro nos quatro trechos para passar um fim de semana e sempre acontece isso.

Mais uma vez, meu fim de semana, que era para ser apenas de matar a saudade, começou com estresse e culpa de erro de logística da empresa Azul (cito a empresa porque é sempre ela que opera em um dos trechos).

Avisei no Galeão antes de partir: “Moça, por favor, tem comocoloca­rumavisono­sistema,casoissose­japossível?”

Toda vez que vou para Presidente Prudente minha mala é esquecida na conexão em Campinas, não foi uma, nem duas vezes!

A moça, muito simpática: “Senhora, não precisa. Não vai acontecer”.

Despachei e segui com meu filho de 10 anos para matar a saudade dos avós que não via desde julho.

Chegando em Prudente, as pessoas começaram a pegar as bagagens, o frio na barriga e a raiva já começaram a tomar conta daquilo que era apenas expectativ­a para chegar o mais rápido na casa dos meus pais de 84 e 86 anos.

As bagagens foram acabando, esteira vazia e lá vai eu para os bastidores da pista (por ser um aeroporto pequeno isso é possível)…

Lá, apenas umas 20 malas que já tinham sido esquecidas em Campinas de voos mais cedo.

A minha, mais uma vez perdida no meio do caminho… Juro, dificilmen­te relato problemas pessoais para evitar que eu tenha direitos diferencia­dos, por ter acesso a tanta gente nas plataforma­s que me comunico. Mas impossível!

Frio absurdo no interior de São Paulo e a gente com a roupa do corpo.

“Senhora, entraremos em contato amanhã para saber ainda que voo podemos mandar sua mala”.

Detalhe: eu sempre vou na sexta para voltar no domingo.

Relatei mais uma vez meu drama nas redes e a equipe da empresa entrou em contato. A mala me foi entregue no sábado à tarde, menos de 24 horas para voltar ao Rio.

Mais um detalhe: quando peguei o voo de volta para o Rio, adivinha o que tinha no balcão da Azul em Presidente Prudente?!

Pessoas aguardando malas que foram esquecidas em Campinas no dia anterior!

Bora colocar o pingo no I…

Não é só uma “má sorte” de viajante às pressas, é um erro grave de logística, normalizad­o pela empresa há meses e com as passagens lá nas alturas.

Não falo só por mim… sabendo que, ou não levo mais bagagem, ou desisto de empresa aérea.

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