Teatro Glauce Rocha será reaberto
Casa passou por diversas reformas para voltar a receber o público. Reinauguração será em dezembro
Fechado desde 2018, o teatro Glauce Rocha será reinaugurado em dezembro. Localizado na região central do Rio, a casa de espetáculos passou por reformas de infraestrutura e modernização de instalações. O espaço é administrado pela Fundação Nacional das Artes (Funarte), autarquia federal ligada ao Ministério da Cidadania e é responsável pela promoção de políticas públicas nas áreas de artes visuais, dança, teatro e circo. A data específica da reabertura do espaço só depende da realização de testes iniciais de verificação do funcionamento dos novos equipamentos. A programação de retomada do teatro será formada por peças selecionadas por um edital público lançado pela Funarte em outubro para escolher quatro espetáculos, dois para o público adulto e dois para o infantil.
A reforma englobou a modernização das instalações elétricas e das traves de sustentação do teto do palco. Foram feitos ainda outros trabalhos e serviços de manutenção, como impermeabilização, manutenção de isolamento acústico e da cabine de controle. Neste momento, está sendo finalizada a limpeza e instalação de sonorização e iluminação. O teatro havia sido interditado pela Funarte em 2018, quando se identificaram diversos problemas
O Centro, a partir do fortalecimento de teatros como o Glauce Rocha e Dulcina, passou a ser frequentado” CARMEN GADELHA, professora da UFRJ
de conservação, entre os quais uma instalação elétrica precária e extremamente antiga, com fios da década de 20 encapados com tecido. O processo de interdição contou com laudo de engenharia que apontava risco para os frequentadores. Com a reinauguração, a Funarte pretende inserir o teatro na sua programação e retomar o protagonismo que o espaço sempre teve na agenda cultural do Centro.
Fundado na década de 60, o Glauce Rocha teve lugar destacado na história da dramaturgia do Rio e do Brasil. A casa de espetáculos foi criada para ser sede da companhia Teatro Nacional da Comédia (TNC), que deu o primeiro nome ao teatro, que era uma iniciativa do Serviço Nacional de Teatro (SNC), então sob a direção de Edmundo Moniz. A ideia era ter uma companhia teatral oficial mantida pelo governo com repertório de excelência com os melhores profissionais da época.