O Dia

Câmeras flagram filho de Cabral

Imagens mostram José Eduardo saindo de condomínio pouco antes da chegada da Polícia Federal

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José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, teve a saída do condomínio onde mora na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, registrada minutos antes de a Polícia Federal chegar para prendê-lo. Ele deixou o prédio às 5h28 da última quarta-feira.

No dia seguinte, entregou-se na Superinten­dência da Federal na Zona Portuária, quando já era considerad­o foragido. As imagens foram exibidas pelo Fantástico, da TV Globo, e confirmada­s pelo DIA junto a fontes da Polícia Federal.

José Eduardo é dono da produtora ZC Entretenim­ento, de eventos, feiras e shows. Ele tem 26 anos e é filho do ex-governador com a primeira mulher, Suzana.

O filho do ex-mandatário Fluminense é acusado de ser um dos gerentes da organizaçã­o criminosa que causou um prejuízo de R$ 2 bilhões à União ao sonegar impostos na venda de cigarros. Segundo as investigaç­ões da PF, o grupo é comandado por Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, que está foragido nos Estados Unidos. Ele também seria um dos admino nistradore­s da Companhia Sulamerica­na de Tabacos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que fornecia os maços para o esquema. O mandado de prisão dele foi incluído na difusão vermelha da Interpol.

Os dois teriam se conhecido quando José Eduardo promoveu uma festa milionária para Adilson no Copacabana Palace. A investigaç­ão afirma que a quadrilha tinha participaç­ão, ao todo, de 27 pessoas.

Na manhã de ontem, mais três alvos da operação Smoke Free, com mandados de prisão preventiva expedidos em seus nomes, se apresentar­am à Superinten­dência Regional da PF no Rio. Com isso, sobe para 17 o número de presos.

Segundo as investigaç­ões, o grupo era dividido em cinco níveis: chefia, gerência, operadores, segurança e o setor de lavagem de dinheiro. Quinze PMs e um agente da própria PF de nome Alan Cardoso Inácio de Assis, que está foragido, são acusados de ligação com o esquema. A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens dos acusados no total de R$ 300 milhões.

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REPRODUÇÃO Filho do ex-governador acusado de ser gerente de organizaçã­o criminosa

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