O Dia

O Centro das saidinhas

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“Foi só o tempo de sair da agência, que sou cliente há 20 anos e eles virem atrás de mim na moto. Eu tentei entrar no depósito, que guardo as roupas que vendo, e eles forçaram a porta, por isso que eu estou com esse hematoma no braço. Eles colocaram a arma na minha cabeça e levaram os seis mil e quinhentos reais que eu saquei pra pagar os fornecedor­es. Se foi dado, não tenho como afirmar, mas é muito triste você trabalhar o mês inteiro e ser roubada dessa forma”.

O desabafo é de uma vendedora, que nós não vamos identifica­r por questão de segurança. Ela é mais uma vítima da chamada “saidinha de banco”, no Centro do Rio.

O caso aconteceu na sexta-feira passada e não é o único que a coluna recebeu nos últimos meses… São vários os relatos de gente que sofre na mão desses vagabundos, covardes, que ficam só na espreita pra atacar trabalhado­r.

Isso mostra mais uma vez o cresciment­o desse tipo de ação pelas ruas do Centro. O caso dessa vendedora foi ali na Rua México, e o depósito de roupas dela é também ali.

E aí eu me pergunto: como eles sabiam? Claro, eles já estavam de olho! Ou alguém bateu a informação.

Tanto que foram diretament­e na bolsinha que ela guardou a quantia, nem o celular quiseram levar. Ou seja, estavam na intenção! São bandidos especializ­ados nesse tipo de ação…

O que ninguém vai saber responder é: como vai ficar o prejuízo dela agora, nessa reta final de ano?! E quem vai tirar esse trauma da cabeça dela?

“Foi horrível, ele me xingou e ainda perguntou se eu queria morrer ali mesmo. Fiquei apavorada e comecei a passar mal, aí eles pegaram e foram embora”.

É muita maldade…

Depois do desespero, a vendedora ainda voltou banco e foi à delegacia, onde registrou ocorrência. O dinheiro ela perdeu, a gente sabe que não vai voltar, mas pelo menos fez a sua parte em denunciar.

Agora quem tem que agir é a polícia! E a gente pediu uma resposta, sobre o que já vem sendo feito a respeito desses casos.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que atua em parceria com a Polícia Militar para combater essa modalidade de crime, além de pedir para que as vítimas procurem as delegacias, a fim de que os crimes sejam investigad­os e os autores possam ser identifica­dos e presos.

Já a Polícia Militar informou que, entre janeiro e outubro deste ano, 882 prisões em flagrante foram feitas na área de policiamen­to do 5ºBPM, e disse também que as equipes realizam centenas de abordagens a veículos e transeunte­s, inclusive, na região citada, reduzindo os indicadore­s no região nos últimos três meses.

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REPRODUÇÃO Ladrão deixou hematoma em vítima
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