Suspeita de enviar bombons é presa
Susane Martins é acusada de mandar doces envenenados que mataram Lindaci de Carvalho
Susane Martins da Silva foi presa sob acusação de enviar os bombons envenenados que provocaram a morte de Lindaci Viegas Batista de Carvalho, 54 anos. Segundo o delegado da 20ª DP (Vila Isabel), Fábio Luiz da Silva Souza, responsável pela investigação, Susane ameaçou o motoboy que fez a entrega sem saber do crime e ainda obrigou que ele dissesse que quem solicitou a encomenda foi um homem alto e negro.
A vítima recebeu a entrega pelo motoboy no dia de seu aniversário, no sábado. Os bombons chegaram com um buquê de flores em nome de uma pessoa anônima. Segundo o delegado, após a família comunicar o caso na distrital, os agentes realizaram diligências para identificar o motoboy. Na quarta-feira, ele compareceu à 39ª DP (Pavuna) e foi encaminhado para a 20ª DP, onde prestou depoimento.
O entregador, identificado como Lucas Davi, explicou que foi solicitado por um menino, que teria descido de um Renault Duster de cor preta, no sábado, por volta das 8h, e contratado a entrega por R$ 90. Ele contou que, durante o caminho, recebeu uma mensagem via Whatsapp informando que a pessoa a receber o “presente” seria Lindaci.
Na delegacia, o motoboy reforçou ao ‘Bom Dia Rio’, da TV Globo, que é inocente e não sabia que os bombons eram envenenados. “Fui numa entrega inocente. Vim aqui comprovar meus erros, os erros que não são meus. Estou totalmente certo de que essa mulher (Susane) fez uma barbaridade e quis me prejudicar. Prejudicou uma família em que veio a óbito uma senhora. Estou com minha consciência tranquila. Sou inocente e vim aqui provar”, declarou.
Segundo o delegado, nas ameaças, Susane dizia para o entregador não falar quem fez o pedido de entrega e nem descrever a pessoa, se não ele iria sofrer consequências. “Ela mandou mensagens mandando ele dizer que foi um homem negro e alto que fez o pedido. Então o entregador foi até a 39ª DP, e de lá eles trouxeram ele para cá, na 20ª DP. Ele narrou o fato de forma detalhada e nós fomos até o local onde Suzane teria ido com o filho fazer contato com ele na primeira vez, com o objetivo de arrecadar imagens de câmeras de segurança”, explicou.
Quando os policiais civis chegaram ao local, um amigo do mototaxista falou que tinha uma mulher que ele não conhecia procurando por Lucas Davi. “Neste momento, desconfiamos que era a Susane, mandamos chamá-la e ficamos em um lugar distante. Quando ela chegou, confirmamos que era ela e a abordamos. Durante a prisão, ela não reagiu, só chorou, falou que foi obrigada e contou umas histórias desconexas”, disse.
Estou com minha consciência tranquila. Sou inocente e vim aqui provar” LUCAS DAVI, motoboy que fez a entrega