O Dia

Pai de influencia­dora presta depoimento

Atanael da Silva Jardim espera que o crime seja solucionad­o. Sua filha, Luanne Martines, foi morta a tiros

- ANA FERNANDA FREIRE ana.freire@odia.com.br DECISÃO SOBRE CIRURGIÃO

O pai da influencia­dora Luanne Murta Jardim dos Santos Martins, de 30 anos, morta a tiros no domingo, em Pilares, esteve ontem na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra, para prestar depoimento. Na saída da distrital, Atanael da Silva Jardim, 61 anos, disse que espera que o crime seja solucionad­o, e o responsáve­l, preso.

“Fui lá e dei meu depoimento, agora vamos ver o que a polícia vai descobrir. Estou confiante que descubram, nossa polícia é boa, o problema é que estamos em um país muito difícil de viver, as pessoas deixaram de se amar e se respeitar. O dia em que as pessoas se amarem mais e se respeitare­m, tenho certeza de que pouca gente vem aqui (na DHC). Mas infelizmen­te, do jeito que estamos, vamos vir aqui direto. Quero saber que quem fez isso pelo menos vai está pagando, claro que não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos não vai fazer isso com outras pessoas, é o que eu espero”, lamentou.

Segundo as investigaç­ões, a influencia­dora estava acompanhad­a do marido e do filho mais novo, de apenas 2 anos, perto da saída 4 da Linha Amarela, no sentido Avenida Brasil, na altura de Pilares, quando bandidos armados teriam abordado o veículo e, antes mesmo de o carro parar, teriam disparado. Luanne foi baleada no ombro e chegou a ser levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Entretanto, segundo relatos, o projétil acabou atingindo o coração.

O caso é investigad­o pela DHC e nenhuma linha de investigaç­ão foi descartada. Agentes analisam câmeras de segurança, para obter informaçõe­s que possam levar à autoria do crime. Para a família, o crime foi premeditad­o. “Isso não foi um mero furto, ou latrocínio. Isso foi homicídio. Ninguém dentro de um carro vai roubar outro carro e atira com o vidro fechado”, disse o pai de Luanne, na quarta, na saída do IML.

A Justiça do Rio negou, na quarta-feira, pedido para que o cirurgião Bolivar Guerrero seja julgado por tentativa de homicídio contra a paciente Daiana Cavalcanti, de 36 anos. De acordo com a decisão da magistrada Anna Christina da Silveira Fernandes, titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias, o caso do médico deve ser transferid­o para um juiz singular e não para o tribunal do júri. A magistrada já havia expedido, em fevereiro, um alvará de soltura para o cirurgião. O médico estava preso desde julho de 2022.

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MARCOS PORTO Atanael esteve na DHC

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