Mulher é presa ao tentar aplicar golpe de R$ 30 mil
Janaína da Silva confessou ser de uma quadrilha que atua no ramo imobiliário
APolícia Civil prendeu em flagrante, na quarta-feira, Janaína da Silva Luiz, de 32 anos, pela tentativa de um golpe de R$ 30 mil em uma falsa venda de imóvel. A golpista marcou um encontro com a vítima pelas redes sociais no Shopping de Itaguaí, na Região Metropolitana, para tratar a compra de uma casa, para a assinatura de um falso contrato e o pagamento da entrada. No entanto, a vítima, que estava desconfiada, já havia acionado agentes da 50ª DP (Itaguaí), que realizaram a prisão.
Em princípio, Janaína negou o crime, mas depois confessou que integra uma quadrilha que aplica golpes na compra e venda de imóveis.
Segundo as investigações, a vítima encontrou o anúncio de um imóvel, em Paciência, na Zona Oeste, por R$ 120 mil. Após demonstrar interesse na aquisição, inclusive comparecendo no endereço e falando com a proprietária, ela foi contatada por telefone pela estelionatária, que se apresentou como Jéssica, agente financeira da empresa BV Consig, que a fez uma proposta de financiamento.
A vítima pagaria 200 parcelas de R$ 533 e em contrapartida, depositava por chave Pix na conta da empresa o valor de R$ 30 mil referente ao sinal.
Com a autora foram apreendidos outros falsos contratos de financiamento de outras vítimas. A investigação segue para identificar os demais criminosos.
COMO AGE A QUADRILHA
Na delegacia, foi descoberto que a quadrilha ao ver o anúncio da venda do imóvel e descobrir que se tratava da casa de uma idosa que mora sozinha, ligaram para ela e se ofereceram como corretores. O grupo iludiu não só a proprietária do imóvel, que se consultada confirmaria a venda pela quadrilha, mas também a vítima que gostaria de adquirir a casa.
De acordo com o delegado Marcos Santana Gomes, da 50ª DP (Itaguaí) a quadrilha costuma procurar em mídias sociais ofertas de imóveis e, a partir disso, se oferecem como intermediários de uma financeira para poder fazer a compra e venda.
“Com isso, eles encontravam compradores que podiam financiar através dessa falsa financeira o valor e realizar o sonho da casa própria. Eles faziam falsos contratos de financiamento imobiliário e com essa contraposta, a vítima tinha que fazer o sinal para garantir a venda. Assim, as pessoas pegavam suas economias e eram ludibriadas, depois a quadrilha sumia e a pessoa não conseguia adquirir aquele bem, e era perdido o sonho da casa própria e seus recursos, muitas vezes economias de uma vida”, disse.