Amigos caem em golpe ao tentar comprar ingressos
Suspeito enviou o mesmo documento falso para todas as vítimas que teriam comprado bilhete para o evento MITA, na Gávea
Um grupo de amigos caiu em um golpe ao tentar comprar ingressos para o festival MITA, que acontece amanhã, na Gávea. O suspeito, Renan Feitosa Werneck Barroso, de 32 anos, vendia as entradas por R$ 400 cada e, segundo as vítimas, enviou o mesmo bilhete, falso, para todos.
De acordo com o redator Mateus Alcântara, de 26 anos, inicialmente, Renan parecia ser uma pessoa confiável porque os dois eram do mesmo ciclo de amigos. “Ele se mostrava super confiável, ficava puxando assunto e chegou a me enviar os documentos dele.” Além disso, Mateus afirmou que o suspeito é um jovem de classe média alta e que ele havia estudado em colégios renomados do Rio.
O grupo, que perdeu mais de mil reais, começou a desconfiar porque os arquivos enviados tinham qualidade ruim e eram todos iguais. “Ele ficava enrolando muito e inventava várias desculpas, quando mandou o ingresso, a imagem estava totalmente ilegível”, explicou Mateus. “Eu fui no banco e fiz a contestação do Pix. A conta dele foi bloqueada e ele ainda veio me chamar de cara de pau.”
A estudante de medicina Ana Clara Thurler, de 21 anos, também caiu no golpe. Quando realizava a transferência do dinheiro, o banco de Ana notificou uma possível fraude. Na mensagem, aparecia que outros clientes haviam denunciado aquela conta.
Renan disse que outro cliente havia feito o pedido de devolução do Pix e por isso apareceu a mensagem de suspeita de fraude. “Eu já falei com meu gerente e ele está tentando retirar. Vou até te mandar o print da conversa com ele para você ver que não é mentira”, disse Renan à estudante.
OUTROS GOLPES
O grupo descobriu outros golpes do jovem. “Descobrimos mais quatro pessoas que levaram esse golpe do MITA e outras três que passaram pela mesma coisa em outros eventos. Ele realmente é um estelionatário”, relatou Mateus.
Segundo as vítimas, conhecidos de Renan afirmaram que ele não é uma pessoa de confiança, e que o suspeito deixou o Rio e foi para Curitiba devendo dinheiro. Após a repercussão, Renan bloqueou as vítimas e excluiu as redes sociais.