Pronunciamento como relatora
‘Houve tentativa de golpe, mas não conseguiram’, disse Eliziane Gama, que assumiu a função na CPMI
Opresidente da CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou que a comissão terá como objetivo investigar ‘narrativas’ sobre golpe e facilitação de invasões. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora do colegiado, afirmou que “houve uma tentativa de golpe” no país, mas que radicais “não conseguiram”.
“Temos que fazer aqui uma investigação sobre o que de fato aconteceu no dia 8 de janeiro. Esta cohouve missão estará prestando um trabalho à democracia, porque não é razoável que nós tenhamos vivido aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro (...) e nada seja investigado por esta própria casa”, afirmou Maia.
“Sabemos que há uma narrativa de que tudo que aconteceu está envolvido em uma orquestração maior de um possível golpe para interromper a democracia no Brasil. Isso tem que ser investigado, não pode passar em branco. Por outro lado, sei também que existe narrativa de que facilitações, etc. Todos esses discursos existem, e nós, 64 senadores e deputados, teremos obrigação de, com toda honestidade, colher as provas e fazer isso publicamente”, completou o presidente do colegiado.
A comissão é composta por 16 integrantes da Câmara e 16 integrantes do Senado, com número igual de suplentes. Ela foi instalada oficialmente no dia 26 de abril quando o pedido de abertura foi lido pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco.
Em primeiro pronunciamento na função de relatora, Eliziane Gama disse que todos na comissão são contra a invasão do 8 de janeiro.
“Houve uma tentativa de golpe, mas não conseguiram. Um fato é claro: todos aqui somos contra aquilo que aconteceu, independentemente de ser base ou oposição. Queremos garantir, no Brasil, a democracia cada vez mais forte e firme”, disse a senadora.