Itaguaí prepara a Festa da Imigração Japonesa
Nos dias 3 e 4 de junho, segunda edição do evento, que é de graça, terá música, comida, artes marciais, oficinas e concursos de Cosplay
A segunda edição da Festa da Imigração Japonesa promete agitar Itaguaí, nos dias 3 e 4 de junho, no Parque Municipal. O evento é uma parceria entre a Prefeitura e o Projeto Ativação Cultural Itaguaí, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale.
A programação gratuita está recheada de atrações, como os concursos de Cosplay e Miss Nikkey, além de apresentações de artes marciais, como o karatê, oficinas de mangá, ikebana, sashiko e boro (técnicas de costura japonesa), origami e escrita japonesa. A festa também conta com atrações musicais, como as bandas Xinapp e Celebrare, que encerrará a festa no domingo.
“O projeto Ativação Cultural Itaguaí estava ‘devendo’ esta festa. Afinal, a cidade é a maior colônia asiática do Estado do Rio. Nesta segunda edição, estamos ainda mais animados e preparamos tudo com muito carinho para esta justa e merecida homenagem”, enfatiza a idealizadora do Projeto Ativação Cultural Itaguaí, Alessandra Reis.
Nos dois dias, o público terá acesso ainda ao espaço saúde, além das exposições “Mazomba e Japão rural” e sobre o saudoso Cine Inouê, que existiu em Itaguaí.
A festa promete ainda encantar os visitantes ao som dos Tambores de Okinawa e com a bela Cerimônia Tanabata Matsuri (Festival das Estrelas).
EM BUSCA DO ‘URESHII’ E DA PAZ
Os migrantes japoneses começaram a chegar em Itaguaí por volta de 1939, com cinco famílias. Hoje, o município tem cerca de 2.500 entre japoneses e descendentes, os ‘nikkeis’. Esses pioneiros vieram em busca da sua felicidade, ou ‘ureshii’, atraídos pelas terras férteis da região. Em 1940, eles fundaram a colônia e se dedicaram ao plantio, principalmente de tomate.
Com a Segunda Guerra Mundial, muitos japoneses trocaram a capital por Itaguaí, onde o comércio e a agricultura prosperavam – e também para fugir do preconceito que tomou conta do Rio com relação aos estrangeiros vindos de países que formavam o Eixo, o lado oposto ao que o Brasil apoiou/lutou.
Desde 2018, o projeto Ativação Cultural Itaguaí já beneficiou mais de 15 mil alunos de escolas públicas e ofereceu mais de 550 horas de oficinas gratuitas, buscando o resgate e a valorização da cultura itaguaiense.