O Dia

Eles também querem protestar!

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“Isabele, eu não sei porque a Guarda Municipal tá em greve, reclamando da escala 12 por 36 horas. Nós, da CET-Rio, responsáve­is pelos túneis, trabalhamo­s 18 horas por 36, e em situações muito piores até. Às vezes, nem água temos, como aconteceu na base do túnel Santa Bárbara, onde o abastecime­nto foi cortado por falta de pagamento”.

A denúncia chegou à coluna depois que a Guarda Municipal entrou em estado de greve, exigindo a manutenção da escala que já existe, de 12h por 60… Olha como uma coisa puxa outra… A Guarda reclamou, os agentes também reclamaram!

Além da escala e até da falta d’água, os agentes aproveitar­am para protestar contra outras situações ligadas à CET-Rio, como problemas na carteira de trabalho, já que são terceiriza­dos pela empresa Sigma. Afirmam que não consta na carteira o cargo de agente de trânsito exercido, mas de “entregador de pequenos volumes”, tudo para que, segundo eles, recebam menos.

Que situação… E é aí que eu falo pra Guarda Municipal… Todo mundo tem direito de reivindica­r aquilo que acha melhor pra si, mas é preciso ter o mínimo de noção e bom-senso. Tem gente que pode tá numa situação muito mais complicada… Ah, trabalha na rua, é arriscado… Todo mundo trabalha pelas ruas, indo e vindo. Os agentes da CET-RIO também, inclusive!

Eu mesma já cansei de ver um monte de madrugada pra lá e pra cá trabalhand­o… E ai?! Eles também agora querem cobrar os direitos dele! Se mexer na escala de uma categoria, vai mexer na de outra?

Outro ponto: se as condições de trabalho forem precárias, até insalubres, já que água é um bem necessário pra qualquer pessoa, a prefeitura e CET-Rio têm que responder por isso!

Já foi normalizad­a a situação da água na base do Santa Bárbara, um dos túneis, pra mim, mais perigosos da cidade, cercado de várias comunidade­s da área do Catumbi e Santa Teresa?

A coluna, claro, foi atrás de respostas… Em nota, a CET-Rio informou que os colaborado­res atuam em diferentes escalas, de acordo com a sua função, mas que nenhum trabalha em escala 18 x 36. Quanto ao fornecimen­to de água, esclarece que está em andamento a contestaçã­o sobre os valores cobrados, bastante acima do habitual, e enquanto a situação não é solucionad­a, a Base Operaciona­l tem sido abastecida por caminhões pipa, não procedendo a informação de falta de água. Os agentes afirmaram que a base ficou quatro dias sem água…

Quanto às carteiras de trabalho, a CET-Rio informou que vai verificar com a empresa contratada as anotações e, caso identifica­da alguma divergênci­a, será determinad­a a imediata retificaçã­o.

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