Professores passam por treinamento
Protocolo servirá como um guia para os educadores combaterem a violência nas escolas
OProtocolo de Prevenção, Proteção e Segurança Escolar, lançado ontem pela Secretaria Municipal de Educação (SME), prevê treinamentos para diretores e professores, com o objetivo de capacitá-los para combater diferentes tipos de violência em escolas municipais da cidade. Os educadores das 1.556 unidades da rede vão ser acompanhados por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, Polícia Militar e militares do Corpo de Bombeiros.
O lançamento oficial do documento aconteceu no 2º Fórum de Prevenção às Violências na Escola (FPVE), na Escola de Formação Paulo Freire, no Centro do Rio. Com a presença do secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, o evento contou com duas mesas de debates e todos os profissionais da educação tiveram a oportunidade de participar das discussões. Além das mesas, foi realizada uma oficina interativa envolvendo estudantes, com o objetivo de promover a participação ativa dos jovens na busca por um ambiente escolar mais seguro e inclusivo.
Em entrevista ao DIA, o secretário explicou sobre esse Protocolo de Prevenção, Proteção e Segurança Escolar. “Precisamos entender as diferentes circunstâncias que levam a interrupção do funcionamento escolar. Muitas dessas questões são associadas à violência, que pode ser divida em três situações: a urbana é o fator externo que mais afeta os colégios; dentro das escolas, podem acontecer brigas entre os alunos, desrespeito, intolerância e discriminação; e, por último, as ameaças de ataques. Por isso, precisamos nos preparar para treinar os educadores com protocolos claros e tomar decisões racionais em momentos de tensão”, disse Ferreirinha.
Em sua apresentação, o secretário esclareceu o motivo central do projeto. “O objetivo é garantir que a escola esteja preparada para oferecer respostas rápidas, seguras e protetivas à comunidade escolar, com foco na cultura da prevenção”, explicou. As situações abordadas no Protocolo, por exemplo, são referentes às violências raciais e contra os estudantes ou os profissionais da unidade, além da intolerância religiosa e ameaças de ataques.
De acordo com Renan Ferreirinha, os alunos também serão submetidos aos treinamentos. “Os primeiros educadores a serem capacitados são os diretores e professores, que vão passar aos alunos. Vamos realizar treinamentos nas escolas de acordo com as situações”, concluiu o secretário.
Precisamos entender as diferentes circunstâncias que levam a interrupção do funcionamento escolar” RENAN FERREIRINHA, secretário municipal de Educação