Laudo aponta morte por afogamento
Familiares afirmam que Lucas Dantas do Nascimento ficou 20 minutos submerso na piscina em rave
Olaudo de necropsia, revelado ontem, aponta que o ex-sargento do Exército Lucas Dantas do Nascimento, 28 anos, morreu por afogamento. Segundo familiares, o homem se afogou na piscina do festival de música Terratronic, no fim de semana em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, antes de ser socorrido. A Polícia Civil intimou, ontem, o responsável pelo evento para prestar depoimento.
Ao DIA, Daiana Pimentel, tia de Lucas, contou que o sobrinho foi para o festival com amigos e lá se afastou do grupo. Posteriormente, eles descobriram que o ex-militar foi atendido pela equipe médica da festa após ter se afogado na piscina. Segundo Daiana, Lucas ficou 20 minutos debaixo d’água sem ser socorrido pelos guarda-vidas.
“O laudo constatou afogamento. O que a gente ficou sabendo é que ele caiu na piscina e ficou submerso 20 minutos. O evento alega que tinha guarda-vidas, bombeiros e equipe médica, mas eu te falo: como em um festival que diz que tem salva-vidas, meu sobrinho fica submerso 20 minutos? Eles postaram uma nota ‘esclarecedora’ dizendo que meu sobrinho saiu do local com vida. Como, se ele ficou submerso 20 minutos? Não tem como”.
‘MUITA NEGLIGÊNCIA’
Para a tia, houve negligência por parte dos organizadores. Daiana informou que recebeu relatos de outras pessoas dizendo que também passaram mal no festival. Segundo ela, a família soube da morte do rapaz apenas após uma postagem no Instagram e o festival não prestou nenhum auxílio até o momento.
“É muita negligência. O evento não deu suporte nenhum para a gente. O evento não teve a coragem de fazer uma ligação, avisar o que ocorreu, que estavam levando o Lucas para o hospital. Para mim, isso foi uma negligência total. Na hora do acontecido, onde estavam os guarda-vidas? Como é que ele ficou submerso por 20 minutos? Eu escutei relatos de algumas pessoas porque corri atrás por conta própria, e muitas pessoas passaram mal, inclusive convulsionando e desmaiando. Os próprios frequentadores tinham que fazer esses atendimentos”, disse.
Lucas trabalhava como motorista de aplicativo. De acordo com Daiana, toda a família está dilacerada com a perda e parentes, assim como ela, estão à base de remédios após a tragédia. “O Lucas foi meu primeiro sobrinho, primeiro neto da minha mãe. Ele era um menino incrível, de ouro”, completou a tia de Lucas.