Hospitais federais do Rio permanecem em greve
Ministério da Saúde orienta que seja mantido funcionamento pleno dos serviços
Funcionários dos hospitais federais do Rio decidiram, ontem, manter a greve após uma série de reivindicações. Segundo os profissionais, a paralisação permanece por tempo indeterminado. Apesar disso, o Ministério da Saúde, através do Departamento de Gestão Hospitalar, orienta que seja mantido o funcionamento pleno dos serviços nas unidades de saúde para que não haja descontinuidade da assistência prestada à população.
Ainda ontem, profissionais da saúde se reuniram em atos de manifestações em frente aos hospitais federais Cardoso Fontes, na Zona Oeste, Andaraí e Bonsucesso, na Zona Norte. A greve teve início na última quarta-feira, com a suspensão de atendimentos não emergenciais e cirurgias eletivas.
30% DE FUNCIONÁRIOS
A previsão é de que as unidades permaneçam funcionando
com 30% do quadro de funcionários. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio (Sindsprev/RJ), os serviços também estão suspensos nos hospitais da Lagoa e Ipanema, na Zona Sul, e dos Servidores do Estado, na Saúde, no Centro.
Os profissionais são contra a divisão da gestão das unidades entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(Ebserh), o Grupo Hospitalar Conceição, o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio, o que chamaram de “fatiamento”.
Com a greve, o Ministério da Saúde se pronunciou e informou que recebeu os pleitos dos referidos sindicatos, “com os quais reforça o compromisso de manter o diálogo e se disponibiliza para ouvir todas as reivindicações da categoria, como tem realizado desde a instalação do Comitê Gestor”.
Além disso, o órgão reforçou que vem atuando para reconstruir e fortalecer os hospitais federais no Rio. “Entre as medidas adotadas estão a instalação do Comitê Gestor, a convocação de mais de mil profissionais, e a prorrogação de mais de 1,7 mil contratos temporários; além da instalação de mesa de negociação para tratar das demandas das trabalhadoras e dos trabalhadores dos hospitais federais”, acrescentou em comunicado.