STJ exige investigação de Cabral e ex-ministro
O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que a Polícia Federal continue a investigar o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral e o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte, ambos citados na Operação Lava Jato.
Em setembro, a Polícia Federal recomendou o arquivamento do inquérito que investiga o ex-governador e o atual, Luiz Pezão (PMDB). A ProcuradoriaGeral da República, no entanto, pediu em outubro ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que mantivesse as investigações. A Lava Jato apura pagamento de R$ 30 milhões em propina para a campanha de reeleição de Cabral, que tinha como vice Pezão, em 2010. Em depoimento à Polícia Federal, no dia 30 de abril, o ex-governador negou caixa 2 em sua campanha de reeleição.
A Lava Jato apura pagamento de R$ 30 milhões em propina para a campanha de reeleição do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que tinha como vice o atual governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), em 2010. Em depoimento à Polícia Federal, no dia 30 de abril, o ex-governador negou caixa 2 em sua campanha de reeleição.
Em delação premiada à Procuradoria, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou, em abril, que “durante uma reunião, em 2010, na sede do governo do Rio, Sérgio Cabral lhe pediu R$ 30 milhões para a campanha de sua reeleição, juntamente com Pezão, para o Executivo do Estado”.
Em outra delação, o doleiro Alberto Youssef revelou irregulari- dades que teriam sido praticadas no Ministério das Cidades e no Denatran, envolvendo ajustes para o recebimento, por agentes públicos e partidos, de valores decorrentes de contratos firmados para a implementação do sistema de rastreamento veicular obrigatório no País. Negromonte foi ministro das Cidades entre 2011 e 2012 . Ele teria participado e conduzido o esquema ilícito até sua saída da pasta.