Para Serra, Meirelles foi o ‘pior’ presidente do BC da história
O senador José Serra (PSDBSP) afirmou ontem que Henrique Meirelles, um dos nomes cotados para eventualmente assumir o Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy, foi o pior presidente do Banco Central que o País já teve. “Não lembro de presidente do Banco Central tão ignorante ou comprometido com especulação cambial como esse senhor”, disse o tucano em apre- sentação a empresários do setor químico na capital paulista. Meirelles foi presidente do Banco Central de 2003, quando havia temor de investidores com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 2010, último ano de mandato do petista.
Para Serra, enquanto o mundo estava diminuindo juros na época da crise financeira de 2008, Meirelles à frente do BC aguardou mais de cinco meses para baixar a taxa brasileira e quando o fez, foi lento na rea- ção. “O dólar voltou ao patamar de R$ 1,06, foi um golpe de morte na indústria”, afirmou.
Já para a imprensa, o senador moderou o tom. Ainda assim, declarou que Meirelles contribuiu para “uma das maiores fases do populismo cambial da nossa história”. “Ele foi um excelente presidente do Banco Central para o lulopetismo, mas do ponto de vista da economia brasileira, seu papel no BC foi negativo.”
O senador avaliou que apesar dos erros das gestões petistas
Avaliação na esfera federal, a situação do País não é desesperadora. “Não há uma situação desesperadora para efeito de recuperação ( da economia), mas precisa ter governo”, ressaltou.
O senador deu sua receita para tirar o País da crise. Segundo ele, o Brasil tem o câmbio favorável à indústria, uma balança de pagamentos razoável e alto valor de reservas cambiais. O País, disse, precisaria investir pesadamente em infraestrutura, estimulo à exportação e “ain- da” na produção de petróleo.
Sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Serra disse é um “sujeito bom” e que não resolve o problema trocá-lo por alguém ligado ao ex-presidente Lula – referindo-se a Meirelles.
Quanto ao retorno da CPMF, o tucano foi aplaudido ao afirmar que o tributo não vai ser aprovado pelo Congresso. “O Brasil não queria o diabo da CPMF em 2007, com o governo Lula em alta, você acha que agora vai aprovar?.” Ontem, na Turquia, a presidente da República defendeu sua aprovação. “Esse aumento de imposto não é para gastar mais, é para crescer mais”, declarou Dilma.