Brasil está longe do terrorismo, diz Dilma
Ainda no calor dos atentados de sexta-feira, na França, a presidente Dilma Rousseff disse ontem que o Brasil está longe do terrorismo. Mesmo com esse discurso ameno, ela exaltou a necessidade de se acelerar a votação da lei antiterrorismo no País. Dilma apoia a repressão aos grupos terroristas, mas diz que, para eliminar esses movimentos, também é preciso “outro tipo de gestão”.
Em entrevista coletiva após a reunião dominada pelo tema durante a cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20), Dilma foi questionada sobre uma eventual preocupação de líderes internacionais com a segurança da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016.
“Não há preocupação dos outros líderes com o terrorismo no Brasil, porque nós estamos
Sem preocupação muito longe dos locais desse processo”, afirmou a presidente, ao lembrar que os criminosos têm focado em nações da Europa e na própria Turquia, país que recebeu a cúpula do G20.
Lei antiterrorismo. Mesmo assim, Dilma reconheceu que há brechas no Brasil e, para combatê-las, pediu celeridade na tramitação da lei antiterrorismo. O projeto prevê a criação do crime de terrorismo no País, que pode ter pena de até 30 anos. O assunto, no entanto, envolve uma questão complicada, porque diversos movimentos sociais entendem que a nova legislação poderia ser usada para criminalizar manifestações populares.
Na entrevista, Dilma disse ser “fundamental” reprimir o terrorismo. “Porque se você não reprimir, você deixa o terrorismo solto. Mas, para eliminálo, será preciso fazer outro tipo de gestão”, declarou a presidente. De acordo com ela, a solução não será resolvida em “uma ação única”. “Existe uma combinação (de ações). Entre elas, a diplomática”, afirmou.
No domingo, Dilma e os líderes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e da África do Sul, Jacob Zuma – países que compõem o Brics –, já haviam defendido o fortalecimento da cooperação dentro do bloco de nações emergentes, e também com outros países aliados, para o combate ao terrorismo.