O Estado de S. Paulo

Cantareira: chance de sair do volume morto é de 97%

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Após São Paulo ter chuvas acima da média histórica neste mês de novembro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou ontem que a probabilid­ade de que o Sistema Cantareira recupere sua capacidade e deixe de precisar usar água do chamado volume morto até o início do próximo período seco, no fim de abril, é de 97,6%. Na capital, choveu 149,7 milímetros até ontem, 16% acima da média histórica. Só em três dias não houve precipitaç­ões.

Segundo nota oficial veiculada pela empresa, a estimativa foi feita “com base na série histórica de afluências ao Cantareira”. A Sabesp explicou que os dados abrangem registros que datam de 1930 na bacia da Cantareira, antes mesmo da construção da represa. O volume morto começou a ser utilizado em 16 de maio de 2014.

Nesse período, dois anos – 1953 e 2014 – tiveram afluência abaixo do que seria atualmente necessário para encher o volume morto até o mês de abril. No entanto, a empresa ressalta que a população deve continuar o esforço de redução do consumo.

Considerad­o o principal sistema hídrico de São Paulo, o Cantareira voltou a ficar estável ontem, segundo relatório da empresa. Já o Alto Tietê, que atravessa crise severa, perdeu volume de água represada e não registra aumento há seis dias. Apenas o Guarapiran­ga e Alto Cotia subiram.

Responsáve­l por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o Cantareira operava ontem com 17,5% da capacidade. A pluviometr­ia acumulada neste mês, na área do reservatór­io, está em 96,8 mm. O volume é cerca de 13% maior do que o esperado pela média histórica.

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