O Estado de S. Paulo

Um mundo feito de tijolos coloridos

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Não há quem não tenha levado uma bronca quando criança por deixar espalhado pela casa um tapete colorido de peças de Lego. Tudo devidament­e devolvido à caixa, sobrava a vontade de mergulhar em uma piscina de bloquinhos de construção de cidades imaginária­s – quem dera naquela época já houvesse pantufas, como as lançadas pela marca este mês, para evitar o “ai ai ai” ao pisar em uma peça.

Por isso, o arregalar dos olhos e o sorriso no rosto foram involuntár­ios quando cheg a mos à Legol a nd ( f l or i - da.legoland.com), o parque temático da marca dinamarque­sa de brinquedos. A experiênci­a no resort da Flórida, em Winter Haven, começa ainda embaixo do edredom.

O hotel da marca, inaugurado em 2015, foi decorado como um castelo Lego: das mesas do restaurant­e às flores da recepção; do elevador que vira uma “balada” sempre que posto em movimento aos quartos temáticos das quatro principais linhas de produtos – Pirate, Ki ng - dom, Adventure e Lego Friends. A diária, sem acesso aos parques de diversão e aquático, começa em US$ 105 por quarto. Se quiser se hospedar fora dali, não haverá prejuízos à diversão.

Como em toda Flórida, carro é indispensá­vel – são cobrados US$ 17 de estacionam­ento, além do ingresso, a partir de US$ 67 por pessoa. Na entrada, o mapa indica o caminho a cidades e pontos turísticos em miniatura do mundo todo, construído­s com os tijolinhos de cores infinitas – até o vizinho parque espacial da Nasa está representa­do.

Esqueça as montanhas-russas velozes e de quedas bruscas. O foco, ali, são as crianças menores – e as atrações estão essencialm­ente voltados a elas. Não faltam, contudo, lojas com brinquedos a preços tentadores e áreas de alimentaçã­o que oferecem de batata frita a alimentos sem glúten. Sem falar dos shows temáticos – no ano-novo, por exemplo, a queima de fogos no lago é vista com óculos 3D, que transforma pontos de luz em blocos de Lego.

O que encanta em Legoland é justamente a delicadeza despretens­iosa de suas atrações, como a batalha naval onde você se torna pirata e sai encharcado, a montanha-russa de carrinhos que parecem feitos pelas crianças, ou os castelos que poderiam ter sido erguidos, destruídos e reconstruí­dos por cada um de nós.

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BRUNA TONI/ESTADÃO Monta, desmonta. Arquitetur­a de brinquedo no Legoland
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