LULOPETISMO
Presidente submisso
A tática do presidente do Banco Central (BC) para se manter no cargo não precisa de nenhuma análise técnica nem de grandes elucubrações. Simplesmente, no dia anterior ao previsto para a divulgação do aumento da taxa básica de juros se informa à imprensa uma previsão de qual seria ela e em seguida se aguardam as manifestações do PT e do Palácio do Planalto. Caso o reflexo seja positivo, mantém-se o valor informado, caso contrário, informa-se um valor menor. Assim segue o nosso barco à deriva. JOSÉ CARLOS DEGASPARE degaspare@uol.com.br São Paulo
Mudança dos juros básicos
Idiossincrasia/fetichismo dos economistas sobre os juros: quem acredita que com a economia tão desequilibrada, em que a inflação atinge 10% ao ano e o desemprego, medido só em grandes centros, também supera os 10%, uma variação de 0,5 ou 0,25 ponto faça alguma diferença? Parece pregação de sacerdote falando da vida após a morte. Quando os desequilíbrios são pequenos, talvez uma variação comparativamente grande dos juros, e por pouco tempo, tenha resultado no sentido de restabelecer o equilíbrio. Os praticantes da disciplina da economia não poderiam reexaminar suas crenças? HARALD HELLMUTH hhellmuth@uol.com.br São Paulo
Petrobrás
As ações da Petrobrás caíram mais, chegando a ser cotadas a R$ 4,092. Se a empresa quebrar, quem pagará a conta serão todos os brasileiros, e não apenas os que apertaram o 13 e reelegerem o pior governo que o País já conheceu. É injusto ou não é? BEATRIZ CAMPOS beatriz.campos@uol.com.br São Paulo
Virando pó
Quem poderia imaginar que um dia poderia ocorrer tal catástrofe, as ações da Petrobrás virarem pó? Ações que chegaram a valer R$ 75 estão agora por volta de R$ 4. Obrigado ao PeTelulismo, que conseguiu aniquilar a Petrobrás, ou melhor, o País todo e, junto, a sua população. ANGELO TONELLI angelotonelli@yahoo.com.br São Paulo
Esperneio
Os advogados de porta de mansão estão inconformados. Encontraram pela frente um juiz,
Inquisição?!
Posso não entender de Direito Processual tanto quanto o advogado Luiz Fernando Pacheco (18/1, A6), mas sei o que foi o Santo Ofício e que compará-lo às ações da Operação Lava Jato não tem nenhum lastro na realidade, peculiar recurso de retórica do defensor do deputado José Genoino no mensalão. Em primeiro lugar, o Santo Ofício tratava de questões de fé, não de roubo de dinheiro público. O Santo Ofício não produzia provas bancárias contundentes nem revelava que indivíduos haviam amealhado em suas contas bancárias bilhões de reais não oriundos de seus salários. Tais bilhões deixaram de melhorar os serviços públicos, restringindo um professor, na maior parte das vezes tão preparado quanto o ilustre advogado, a receber R$ 2 mil por mês para tentar educar cidadãos brasileiros que talvez jamais consigam contar a montanha de dinheiro que é roubada cotidianamente de suas famílias. Porque os bilhões que os notáveis e louváveis juízes da Lava Jato estão tentando rastrear e foram para comprar Lamborghinis, Ferraris, apartamentos de luxo nos EUA e, principalmente, pagar pe-