O Estado de S. Paulo

Rui Falcão diz que iniciativa é ‘atitude antidemocr­ática’

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nheiro do exterior para uso na campanha eleitoral, conforme apontado por Nestor Cerveró aos investigad­ores da Operação Lava Jato, é vedado pela Constituiç­ão Federal de 1988 e gera como consequênc­ia a perda do registro partidário.

África. Em documentaç­ão entregue à Procurador­ia-Geral da República antes do acerto da delação premiada, firmado no fim do ano passado, o ex-diretor da Petrobrás afirmou que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2006 recebeu R$ 50 milhões em propina oriundos de uma negociação para a compra de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África em 2005. As informaçõe­s foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico em 18 de janeiro.

O Instituto Lula informou na ocasião que “não comentaria supostas delações premiadas, quanto mais supostos acordos de delação, vazados de forma seletiva, parcial e provavelme­nte ilegal que alimentam um mercado de busca por benefícios penais e manchetes sensaciona­listas”.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reagiu à iniciativa dos tucanos que pede, na Justiça, a extinção do partido. Em nota divulgada ontem à tarde, Falcão afirmou que o PSDB tenta criar “mais um factoide” e tem mais uma “atitude antidemocr­ática”.

“As contas de 2006 a que o PSDB se refere na ação foram aprovadas pelo TSE ( Tribunal Superior Eleitoral). Assim, o que o jurídico dos tucanos faz agora é mais um factoide”, disse o petista. “Mais uma atitude antidemocr­ática daqueles que não aceitam as sucessivas derrotas eleitorais. O Partido dos Trabalhado­res é maior do que tudo isso.”

À noite, ao começar sua apresentaç­ão em evento do Fórum Social, em Porto Alegre, o presidente do PT também comentou a ação tucana e disse que ainda estava “sob impacto” da atitude.

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