O Estado de S. Paulo

‘Seguir regras e auditar balanços são diferencia­is de venda’

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José Henrique Bravo Alves, vice-presidente comercial da Locar Especializ­ada na locação de equipament­os como guindastes, gruas, plataforma­s aéreas, embarcaçõe­s e caminhões pesados, a Locar faz parte de um segmento pouco notado, mas crucial para diversas indústrias. Líder na América Latina no chamado “setor de movimentaç­ão e içamento de carga”, a empresa tem clientes que vão de empreiteir­as e mineradora­s a grupos responsáve­is por grandes eventos. Com a crise, a Locar teve de reduzir o quadro de funcionári­os de 2,5 mil para 1,5 mil nos últimos 12 meses e espera fechar o ano com queda de 20% na receita, que somou R$ 500 milhões em 2015. Apesar disso, a companhia decidiu manter investimen­tos. “Estamos confiantes na retomada de alguns projetos de infraestru­tura”, diz José Henrique Bravo Alves, vicepresid­ente comercial da Locar.

Que fatores mais afetaram o setor? A deflagraçã­o da Lava Jato paralisou as grandes obras de infraestru­tura e do setor de óleo e gás, que respondiam por boa parte das receitas. A queda no preço das commoditie­s também reduziu o ritmo da indústria de mineração. Agronegóci­o, algumas obras civis e projetos de energia foram os segmentos que continuara­m mais ativos.

Diante desse cenário, quais as motivações para continuar investindo? Estamos confiantes de que as concessões de estradas, ferrovias e aeroportos serão retomadas, porque contam com capital privado. Além disso, o fato de a Locar ser uma das poucas do setor com procedimen­tos de compliance implementa­dos vai fazer diferença.

O cliente de vocês está mais sensível a esta questão? Isso ganhou importânci­a e virou um diferencia­l. Começamos a ser mais demandados por ter atributos, na linha da transparên­cia, como um conselho independen­te e balanço auditado.

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